Ciência
14/10/2014 às 12:13•3 min de leitura
Será que nós conhecemos todas as cores do mundo? Difícil, não é mesmo? Mesmo que você seja como a moça que consegue distinguir 100 vezes mais cores que as pessoas comuns, seria ainda impossível saber de todas as tonalidades existentes no globo.
Confira abaixo algumas dessas cores que o pessoal do Mental Floss reuniu e nós do Mega Curioso selecionamos para você.
Um guia norte-americano de decoração, de 1897, incluiu em um capítulo dedicado à mistura de tintas uma lista de “novas cores para os vestidos das senhoras”, entre os quais está a tonalidade australien.
Inspirado pela cor de ferrugem das rochas e desertos do interior da Austrália, o nome de australien foi usado por costureiras e casas de moda no final da era vitoriana para descrever uma cor alaranjada profunda.
Âmbar-bastardo é o nome de um refletor de cor âmbar utilizado nos cinemas para produzir um brilho de tom pêssego quente ou rosado nas cenas. Ele é muitas vezes usado para recriar a luz solar ou para dar a ilusão de amanhecer ou anoitecer.
O marreco em questão aqui é o pato-real do sexo masculino, uma espécie encontrada na América do Norte, Europa e Ásia. Os machos têm a cabeça e o pescoço de tonalidade verde-garrafa iridescente, o que originou o nome do corante verde chamado Drake’s Neck (Pescoço de Marreco) no início do século 18.
Drunk-Tank Pink é o nome de um tom claro de rosa que tem sido alvo de uma série de estudos sobre os efeitos das cores no temperamento humano desde meados dos anos 1960.
Esta cor tem sido demonstrada em vários experimentos por ter uma influência calmante e, por essa razão, é muitas vezes usada em prisões para ajudar a manter os presos relaxados a fim de desencorajar comportamentos indisciplinados ou violentos.
Falun é uma pequena cidade no centro da Suécia conhecida pela sua indústria de mineração de cobre. Desde meados do século 16, todas as casas de madeira, celeiros, casinhas e outros edifícios em torno de Falun são tradicionalmente pintados de uma cor vermelho-ferrugem profunda conhecida como falu, que é fabricada a partir dos resíduos ricos em ferro que sobraram das minas.
Gingerline foi uma alteração do século 17 da forma inglesa de "giallo", palavra italiana que remete a um rico amarelo-alaranjado. De acordo com uma descrição, refere-se de forma muito precisa à cor de nagamis maduros (frutos que parecem pequenas laranjinhas).
Incarnadine é um primo etimológico do adjetivo "encarnado". Neste sentido, significa cor de carne literalmente, mas Shakespeare a utilizou para descrever o vermelho-sangue na peça Macbeth. Hoje em dia, é geralmente usado para se referir a um carmim intenso ou à cor vermelho-escuro.
Obviamente, nenhum cão da raça labrador tem uma cor azulada como essa. A tonalidade labrador leva esse nome devido ao mineral labradorita, uma forma de feldspato de tom turquesa.
Jean-Marc Nattier (1685-1766) era um artista francês conhecido por uma série de pinturas de mulheres da corte de Luís XV da França, que eram retratadas como personagens da mitologia grega.
Apesar de atingir enorme popularidade durante sua vida, Nattier é relativamente pouco conhecido hoje, mas ele vive no nome de um profundo tom de azul que usou em várias de suas pinturas, mais notavelmente em um retrato da condessa de Tillières (1750) nomeado como "A Dama de Azul".
Pervenche é a palavra francesa para a planta pervinca, que possui flores em tonalidades de azul e lilás. O nome passou a descrever um tom intenso de púrpura-azulado.
Puke, em inglês, significa vômito. Mas calma, esse tom não lembra em nada a cor desse material. No século 16, na Inglaterra, puke era o nome de um tecido de lã de alta qualidade, que tinha tipicamente uma cor marrom-escura.
Sang-de-boeuf é o nome de um tom de vermelho intenso que era originalmente um esmalte cerâmico cor de sangue produzido pelo aquecimento de cobre e óxido de ferro a uma temperatura muito alta.
Embora o nome sang-de-boeuf remeta ao final do século 19, a técnica utilizada para a fabricação dessa tinta foi desenvolvida pela primeira vez antes mesmo do ano de 1200, na China.
Popular entre os artistas da Renascença, sinoper ou sinople era o pigmento que continha partículas de hematita, um mineral rico em ferro que lhe conferia uma rica cor vermelha de ferrugem. Seu nome vem da cidade de Sinop, na costa do Mar Negro, na Turquia, de onde foi importado pela primeira vez para a Europa na Idade Média.
Verditer é um nome antigo para verdete, a ferrugem com descoloração verde de cobre e bronze, e também é como era chamado um pigmento azul-esverdeado dos anos 1500. Seu nome, que é derivado do francês verte-de-terre, ou "verde da terra", é hoje utilizado como o nome de um pássaro, o papa-moscas verditer, que é nativo do Himalaia.
Watchet é uma cor azul pálida. De acordo com a etimologia popular, o tom leva o nome da cidade de Vigia, na costa de Watchet, no sudoeste da Inglaterra, onde as falésias em torno dela parecem azuladas, porque são ricas em alabastro (uma rocha calcárea). Porém, o nome também pode ser derivado do Waiss, uma antiga palavra franco-belga para o azul royal.
Zaffre é como se chama um pigmento azul antigo originalmente produzido pela queima de minérios de cobalto em uma fornalha. Seu nome foi emprestado para o inglês, vindo do Zaffera italiano no século 17, e também descende da palavra latina para "safira".