Estilo de vida
24/08/2016 às 05:52•3 min de leitura
Não é só no Brasil que traficantes e policiais travam batalhas assustadoramente sangrentas. O México, como você deve saber, também está entre as nações que, recentemente, decidiram declarar guerra contra o narcotráfico. Entretanto, o que você talvez não conheça é a dimensão desse violento embate. De acordo com John Kuroski, do portal All That Is Interesting, a atual guerra contra o narcotráfico no México teve início no finalzinho de 2006, quando Felipe Calderón foi eleito presidente do país.
Pouco depois de assumir o governo, Calderón lançou a chamada Operación Michoacán — e enviou 7 mil policiais ao estado de Michoacán, no sul do país, para prender suspeitos e apreender armas. Com isso, o circo estava armado.
Na última década, o governo mexicano lançou uma série de operações similares, e o número de mortes relacionadas com o narcotráfico escalou de perto de 2,5 mil em 2007 para mais de 15 mil em 2010, segundo fontes oficiais. Além disso, desde que Calderón assumiu a presidência até 2012, quando deixou o cargo, a guerra das drogas havia deixado 60 mil mortos e cerca de 27 mil desaparecidos.
Pilha de armas destruídas pelas autoridades mexicanas
Segundo Kuroski, embora o índice de homicídios tenha caído um pouco no México após o fim do “período Calderón”, os números voltaram a subir no ano passado. As estimativas do governo apontam que a quantidade de mortos na guerra contra o narcotráfico é de, no mínimo, 80 mil pessoas. Lembrando que os números de 2016 não foram contabilizados ainda, e que o governo espera que ocorra uma nova alta na violência, o prognóstico não é nada bom.
Veja a seguir algumas imagens que retratam essa sangrenta batalha — destacamos que algumas fotos podem ser consideradas chocantes por alguns leitores:
Sabe o que está sendo queimado na enorme fogueira da imagem acima? Nada menos do que 1 quilo de metanfetamina, 35 quilos de cocaína, 2,6 mil quilos de maconha e quase 1,8 mil pílulas de substâncias psicotrópicas. O material foi incinerado em uma base militar localizada em Monterrey, em junho de 2012.
As armas acima pertenciam a diversos chefes do tráfico e foram confiscadas em Ciudad Juárez, localizada no estado de Chihuahua, em abril de 2007.
Na imagem, pelo menos 6 mil rifles e pistolas que pertenciam a traficantes e foram confiscadas pelas autoridades mexicanas são destruídas por um tanque de guerra.
Os blocos cuidadosamente organizados que você acabou de ver na imagem acima somam 3,1 toneladas de cocaína apreendida no porto de Buenaventura, na Colômbia, antes de o carregamento chegar ao seu destino final, no México.
Clicada em maio do ano passado, a fotografia que você acabou de ver mostra uma poça de sangue em um rancho invadido por traficantes em Tanhuato durante um enfrentamento armado com a polícia. A troca de tiros durou cerca de três horas e acabou com um policial e 42 suspeitos mortos.
Militar mexicano mantém guarda diante dos corpos de dois supostos traficantes que foram mortos durante um tiroteio em um hotel da cidade de Acapulco. Na mesma ocasião, um civil e 30 suspeitos perderam suas vidas.
Soldados mexicanos marcham próximo de uma enorme fogueira usada para incinerar 23,5 toneladas de cocaína na cidade de Manzanillo. A droga foi encontrada pelas autoridades em contêineres provenientes da Colômbia — e essa foi a maior apreensão da substância na história do México.
Policiais mexicanos se deparam com um crânio e outros ossos humanos em uma possível vala comum repleta de vítimas da violência do tráfico.
Na imagem, soldado mexicano faz guarda diante de uma fogueira criada para incinerar 3 mil quilos de maconha e 2 mil kg de cocaína apreendidas em Ciudad Juárez.
O homem da foto que você acabou de ver foi uma de cinco vítimas encontradas na ponte Zaragoza, que permite a travessia entre as fronteiras do México e os EUA.
Detalhes de pistolas de traficantes — ornamentadas com ouro, esmeraldas, rubis e diamantes — apreendidas em Culiacán.
Moradores do bairro de Buena Vista, em Acapulco, param para ver o cadáver de uma vítima do narcotráfico — acompanhada de um cartaz que atribui o crime a um dos cartéis.
A vítima acima é uma mulher cujo corpo — também acompanhado de uma “mensagem”, no caso, pintada nas costas do cadáver — foi encontrado pendurado em uma ponte em Monterrey.
O rifle da imagem acima, com diversas partes banhadas em ouro, pertencia a um traficante chamado Ramiro Pozos González, também conhecido pelo apelido de “El Molca”.
A caveira acima foi encontrada no vilarejo de Arteaga — onde o traficante Servando Gómez Martínez, mais conhecido pelo apelido de “La Tuta”, comanda um grupo criminoso chamado Caballeros Templarios que apoia as ações do Cartel de Sinaloa.
Soldado é flagrado com sua iguana de estimação durante a destruição de 17,5 toneladas de maconha, cocaína, heroína e metanfetamina em uma base militar em Monterrey.