Ciência
19/02/2014 às 05:01•3 min de leitura
Ao contrário do Brasil, nos EUA existe a pena de morte, aplicada a casos considerados muito graves, envolvendo principalmente homicídios, estupros e grandes assaltos. Uma tradição relacionada a esse tipo de sentença é a de que cada condenado tem direito a escolher sua última refeição.
As fotos que você vai ver a seguir reproduzem alguns dos últimos pedidos de pessoas condenadas à cadeira elétrica ou às injeções letais ao longo das últimas décadas. As imagens foram feitas pelo fotógrafo Henry Hargreaves, que questiona não só a pena de morte como a tal última refeição. Em seu site, ele ironiza: “Hey, nós vamos matar você, mas o que você quer comer?”.
Os retratos, por si só, nada têm de espetacular. São apenas pratos preenchidos com diferentes tipos de comida. Por outro lado, a descrição dessas refeições vem acompanhada do nome, da idade e do crime cometido pela pessoa que comeu aquilo pouco antes de ser morta. Confira as imagens a seguir e depois nos conte o que você acha desse tipo de pena:
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusado de roubos, assassinatos e de tentativa de fuga. Pena: injeção letal. Última refeição: dois sanduíches de queijo, queijo cottage, mix de milho com rabanetes, torta de pêssego e sorvete de flocos.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusada de assassinato, sequestro e assalto à mão armada. Pena: injeção letal. Última refeição: não quis. Recebeu a refeição normal da penitenciária, mas a recusou também.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusado de estupro, necrofilia, tentativa de fuga e mais de 35 assassinatos. Pena: cadeira elétrica. Última refeição: não quis escolher um prato especial, então recebeu a última refeição tradicional do presídio — um bife grande, ovos, batatas, torrada com manteiga e geleia, leite e suco.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusada de assassinato, conspiração e roubo. Pena: injeção letal. Última refeição: frango frito, ervilhas com manteiga, torta de maçã e o refrigerante Dr. Pepper.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusado de estupro e de 33 assassinatos. Pena: injeção letal. Última refeição: 12 camarões fritos, uma porção de seu lanche favorito do KFC, batata frita e morango. Antes de ser preso, Gacy gerenciou três restaurantes da rede KFC.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusado de 168 assassinatos. Pena: injeção letal. Última refeição: sorvete de menta com chocolate.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusado de dois assassinatos. Pena: injeção letal. Última refeição: bife, frango frito, suco de cereja e torta de pecan.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusado de roubo e dois assassinatos. Pena: fuzilamento. Última refeição: lagosta, bife, torta de maçã e sorvete de baunilha. Enquanto comia, assistia à trilogia de “O Senhor dos Anéis”.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusado de assassinato. Pena: injeção letal. Última refeição: frango cozido, purê de batatas, vegetais, ervilha, pão, chá e água. O Texas aboliu a tradicional última refeição em 2011, então esse prato é o servido a todos os presidiários.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusados de dois assassinatos. Pena: cadeira elétrica. Última refeição: sopa, carne, torrada e chá. Em 1977, o governo admitiu que os dois foram injustamente julgados e condenados. O caso continua aberto.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusado de assalto e três assassinatos. Pena: cadeira elétrica. Última refeição: lagosta, batata frita, camarões fritos, amêijoas fritas, pão de alho e cerveja.
Fonte da imagem: Reprodução/henryhargreaves
Acusado de sequestro e assassinato. Pena: injeção letal. Última refeição: uma azeitona.
Se você tem algum tipo de interesse a respeito do sistema carcerário dos EUA, recomendamos a leitura de “A Sangue Frio”, de Truman Capote. O livro relata as investigações do jornalista a respeito de um assassinato brutal em uma pequena cidade norte-americana.
Quando os dois assassinos são presos, julgados e condenados à morte, Capote consegue entrevistá-los e mantém uma relação quase de amizade com eles. O livro fez um grande sucesso quando lançado, em 1966, e chegou a virar filme, em 2005, quando Capote foi vivido pelo ator Philip Seymour Hoffman, que morreu recentemente. O livro é bastante polêmico, mas a leitura com certeza é válida.