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27/11/2014 às 07:16•3 min de leitura
A bandeira brasileira tem alguns símbolos que podemos identificar facilmente: as estrelas, por exemplos, mostram a quantidade de estados da nossa nação e o distrito federal. As cores representam: as matas e florestas (retângulo verde), o ouro (losango amarelo), o céu estrelado (círculo azul) com a faixa “Ordem e Progresso”.
Em nossa bandeira, não há um símbolo religioso, porém, eles estão presentes nas bandeiras nacionais de um terço do total de 196 países do mundo. Isso significa que 64 países são incluídos nessa categoria religiosa, de acordo com uma pesquisa realizada pela Pew Research.
Segundo as análises do estudo, dessas nações, cerca de metade têm símbolos cristãos (48%) e um terço inclui símbolos islâmicos religiosos (33%) em suas bandeiras, sendo oriundos dos dois maiores grupos religiosos do mundo, que aparecem em várias regiões.
De acordo com a Pew Research, os símbolos cristãos estão presentes em 31 bandeiras nacionais da Europa, Ásia e Pacífico e nas Américas. Em nações britânicas, o cristianismo marca uma forte presença.
Por exemplo, o Reino Unido tem a famosa bandeira "Union Jack", que é o resultado da sobreposição das cruzes de St. George (bandeira da Inglaterra/cruz vermelha com fundo branco), St. Patrick (que representa a ilha da Irlanda/cruz vermelha em formato de X, com fundo branco) e St. Andrew (bandeira da Escócia/cruz branca, em formato de X, com fundo azul).
Alguns países da Comunidade de Nações britânicas (composta por 53 nações) continuam a incorporar a Union Jack e suas referências cristãs em suas próprias bandeiras, incluindo Fiji, Tuvalu, Austrália e Nova Zelândia. Além deles, Espanha, Grécia, Noruega e República Dominicana estão entre os outros países com símbolos nacionais cristãos.
A segunda maior religião presente em países do mundo domina muitas nações do continente africano. Os símbolos islâmicos são encontrados nas bandeiras dos 21 países da África subsaariana, na região Ásia-Pacífico e no Oriente Médio e Norte da África.
Por exemplo, a bandeira nacional do Bahrein apresenta cinco triângulos brancos, simbolizando os Cinco Pilares do Islã. Além desse, países como a Argélia, Turquia, Uzbequistão e Brunei são alguns dos muitos que incluem uma estrela islâmica e lua crescente em sua bandeira nacional.
No entanto, existem casos em que esse símbolo não representa religião, como é o caso de Cingapura, que tem uma lua crescente com estrelas em sua bandeira, mas elas não têm nenhum significado religioso. De acordo com o governo de Cingapura, a lua crescente "representa uma nação jovem em ascensão e as cinco estrelas representam os ideais da democracia, da paz, do progresso, da justiça e da igualdade”.
Em se tratando de símbolos religiosos budistas ou hindus, eles aparecem em cinco bandeiras nacionais, sendo que, em três desses casos, os símbolos se aplicam a ambas as religiões. Por exemplo, a bandeira cambojana retrata Angkor Wat, um templo historicamente associado tanto com o hinduísmo quanto com o budismo.
A bandeira do Nepal também se encaixa nessa característica, possuindo budistas e hindus para representar os dois grupos religiosos predominantes no país. A Índia também é assim, sendo que a roda azul-marinho do centro (conhecida como Ashoka Chakra) tem um significado simbólico para ambos os hindus e budistas.
Já Israel se mantém como o país solitário com símbolos judaicos em sua bandeira nacional, incluindo a estrela de David e um fundo listrado branco e azul, que representa um xale de oração judaica tradicional.
Segundo o Pew Research, seis países têm símbolos associados a várias outras religiões em suas bandeiras, como o Japão. A bandeira japonesa inclui um hinomaru, ou o sol nascente, que representa as raízes espirituais xintoístas dentro do antigo império japonês.
Já na América do Sul, o sol dourado brilhando está presente nas bandeiras de duas nações: Uruguai e Argentina. Acredita-se que o astro rei represente o deus Inca deus do sol Inti.
Na bandeira do México, o deus asteca Huitzilopochtli pode ser visto como uma águia empoleirada em cima de um cacto com uma serpente em seu bico — uma imagem lendária que se acreditava ter aparecido para o povo asteca, instruindo-os a construir a antiga cidade de Tenochtitlan.