Ciência
23/03/2017 às 09:37•2 min de leitura
A revista científica The Lancelot acaba de divulgar um estudo feito com os indígenas da etnia Tsimane, que habitam a Amazônia boliviana. De acordo com a pesquisa, seus habitantes possuem os corações mais saudáveis da Terra! O segredo do sucesso é bastante conhecido: dieta saudável e exercícios físicos.
O estudo mostrou que os índios Tsimane são os que têm os menores índices de envelhecimento vascular já diagnosticados em uma população específica. Boa parte disso é resultado de uma alimentação balanceada, composta de carboidratos não processados, como arroz, nozes, milho, banana e frutas, além de proteínas animais, como carne de porco selvagem, peixe e capivara. E o principal: quase NADA de gordura!
Outro fator importantíssimo para tamanho reconhecimento é o fato de que esses índios praticam muito exercício físico. A maioria caminha de 16 a 17 mil passos por dia, um nível bem superior à média da população mundial. Acredita-se que acima de 10 mil passos já são suficientes para melhorar a qualidade de vida, mas a maioria das pessoas não chega nem à metade disso.
Dieta e atividade física são os responsáveis pelos melhores corações do mundo
O resultado de dieta boa mais atividade física resultou em uma população com 85% sem risco de doenças cardíacas, 13% com risco baixo e meros 3% com risco moderado ou elevado. Para efeito comparativo, nos Estados Unidos, apenas 14% da população não corre risco algum e mais da metade está com o risco nas alturas!
Segundo a pesquisa, um índio Tsimane de 80 anos de idade, por exemplo, tem um coração semelhante ao de um norte-americano de 50 anos. Apesar de os resultados serem animadores, os cientistas salientam que esse foi um estudo apenas observatório, não levando em consideração outros detalhes que não a dieta e os exercícios.
“Este estudo sugere que a aterosclerose coronária poderia ser evitada se as pessoas adotassem alguns elementos do estilo de vida dos Tsimane, como manter o colesterol LDL, a pressão arterial e o açúcar no sangue em níveis muito baixos, além de não fumar e ser fisicamente ativo”, explica o doutor Gregory S. Thomas, responsável pela investigação.
Coração de índio Tsimane idoso é comparado a de adulto norte-americano
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