Orgasmo feminino: uma evolução do que já foi dito sobre ele

29/03/2018 às 02:002 min de leitura

O orgasmo feminino é certamente uma das expressões humanas mais intrigantes e dignas de admiração. Por não ser tão facilmente alcançado quanto o masculino, infelizmente é comum não apenas que algumas mulheres finjam que estão atingindo o clímax como há aquelas que, apesar de uma vida sexual ativa, nunca tiveram um orgasmo na vida.

Justamente por essas peculiaridades, o prazer feminino vem sendo estudado há séculos – até mesmo porque a única função do clitóris é proporcionar prazer mesmo.

Uma das teorias sobre a existência do clitóris, que poderia ser um órgão vestigial, é a Hipótese do Subproduto. Basicamente, essa teoria parte do princípio de que o pênis dá prazer aos homens para garantir a reprodução da espécie e, já que os órgãos sexuais são uma das últimas parcelas da anatomia humana a serem desenvolvidas no útero e também pelo fato de que o clitóris é formado da mesma estrutura física que o pênis, ele seria, portanto, um “subproduto” do pênis – dá para entender porque essa teoria não é exatamente aceita pelas mulheres.

Tem mais

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Outra teoria bem mais aceitável que a primeira é a de que o clitóris tem também a função de ajudar a mulher a escolher um bom parceiro, uma vez que o homem que mais se esforçasse para que ela tivesse prazer durante a relação sexual seria visto também como um bom companheiro e um bom pai.

Alguns estudos já mostraram também que o orgasmo feminino desempenha um papel na reprodução, já que as chances de engravidar são, de fato, mais altas quando a mulher teve um orgasmo – a gente só não sabe ainda como e por que isso acontece, mas um estudo recente sugere que o clímax feminino desempenha um papel importante no momento da ovulação.

É por isso que pesquisadores de Yale acreditam que a questão precisa ser estudada em termos evolutivos. Eles analisaram várias regiões fisiológicas que têm a ver com reprodução, inclusive em mamíferos placentários, por meio da análise de dois hormônios que são liberados durante o sexo: prolactina e oxitocina.

A prolactina tem relação direta com a produção do leite materno e do instinto de amamentação. A oxitocina, por outro lado, é um hormônio que nos dá a sensação de calma e relaxamento, nos ajudando a estreitar laços. Nos mamíferos placentários, a falta desses dois hormônios impede a ovulação.

Comparações

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Em outras espécies, no entanto, a ovulação acontece quando a fêmea entra em contato com o macho, diferente da evolução chamada de espontânea, que é a que acontece em humanos e outros primatas, sem a necessidade de atividade sexual. Os cientistas descobriram, então, que as fêmeas que têm a ovulação induzida a partir do contato com machos têm um clitóris dentro da vagina.

Sobre a evolução espontânea, acredita-se que ela tenha acontecido pela primeira vez há 75 milhões de anos – antes disso, o clitóris possivelmente ficava dentro do canal vaginal também. Por isso, o orgasmo feminino parece ter sido importante para a reprodução dos primeiros seres humanos, já que o estímulo do clitóris durante a relação sexual liberada oxitocina e prolactina, que induzem a ovulação.

Mihaela Pavlicev, que é uma das autoras do estudo, explicou, ainda, que o orgasmo feminino era diferente do que é agora, já que esse tipo de reação costuma sofrer mudanças ao longo da evolução.

Obviamente, esse estudo não é conclusivo, mas nos ajuda a esclarecer algumas questões sobre o prazer feminino, e isso, por si só, é sempre uma evolução e tanto.

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*Publicado em 10/2/2017

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