Ciência
11/04/2022 às 12:05•3 min de leitura
Imagina como deve ser horrível querer muito fazer uma coisa e simplesmente não conseguir. É isso o que acontece com muitos homens por aí, que, mesmo quando estão estimulados sexualmente, não conseguem ter uma ereção.
O melhor tratamento para esse grande problema surgiu há 15 anos nos EUA e, desde então, tem feito a diferença na qualidade de vida de muita gente. A popularidade do remédio é tamanha que é muito difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido a palavra “Viagra”. O que muita gente nem faz ideia é como um comprimido pequeno pode fazer o efeito praticamente milagroso.
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O corpo humano, você já deve ter percebido, é uma máquina natural fascinante, cheia de mistérios e engenhocas surpreendentes. No caso da ereção peniana masculina, é fundamental que se entenda a anatomia do pênis em primeiro lugar.
O órgão sexual masculino tem duas funções básicas: eliminar urina e liberar esperma e líquido seminal por meio do que é conhecido como ejaculação. Quando está tudo bem, o processo de ejaculação envolve três passos simples: o homem precisa estar estimulado sexualmente, o pênis responde ficando ereto e a ejaculação ocorre depois que o órgão é estimulado.
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Em alguns casos, porém, a ereção não acontece, o que torna a ejaculação muito difícil ou até mesmo impossível. É para esses momentos que o medicamento é indicado.
Antes de querer saber tudo a respeito, você precisa entender uma coisa: o que faz seu corpo mexer são os músculos; da ponta do dedão do pé ao braço para segurar a bolsa, tudo envolve contração muscular. O pênis, por sua vez, fica ereto não por causa dos músculos, mas pela pressão que recebe.
Imagine que você tem um balão vazio e, de repente, começa a enchê-lo com ar. Logo ele vai ficar maior e mais consistente, certo? Com o pênis a coisa é bem parecida, exceto pelo fato de que, em vez de ar pressurizado, o que faz a diferença é a pressão do sangue.
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O órgão sexual masculino tem duas cavidades cilíndricas bastantes importantes conhecidas como corpos cavernosos, que ficam posicionadas paralelamente ao corpo esponjoso. Imagine que esses dois corpos cavernosos são dois balões cilíndricos.
A verdade é que esses dois cilindros são constantemente inundados por sangue enviado diretamente de artérias – depois, veias levam esse sangue a outras regiões do pênis. E é basicamente isso o que garante a ereção: sangue. Com a quantidade grande de sangue entrando, os corpos cavernosos ficam esticados e o pênis ereto.
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Se as artérias ligadas ao pênis não ficarem abertas o suficiente para exercer a pressão sobre os corpos cavernosos e as veias, fica muito difícil ou até mesmo impossível que o pênis venha a ficar ereto. Trata-se, então, do que é conhecido como disfunção erétil.
Na década de 1980, um tratamento bem popular para esse problema era a injeção de fentolamina, uma substância capaz de fazer com que as artérias se abram e o sangue jorre para o órgão. O problema das injeções era o seguinte: elas faziam efeito na hora, mesmo que o homem não estivesse sexualmente excitado.
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O Viagra faz a mesma coisa, só que de forma bem mais simples, com apenas o comprimido. Além do mais, o homem que toma o medicamento vai ter ereção somente quando estiver excitado, graças a uma capacidade de enviar as mensagens corretas e exatas aos neurotransmissores responsáveis pela movimentação muscular das artérias e, consequentemente, pela ereção do pênis.
Quando o homem está sexualmente excitado, seu cérebro é capaz de mandar mensagens ao pênis que, por sua vez, produz substâncias responsáveis por pedir mais sangue às artérias. Sem o remédio, as artérias receberiam a mensagem e simplesmente não lhe responderiam. Todo mundo aqui sabe como isso é chato.
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O Viagra age como o corretor chato, que fica ali, estimulando a artéria a responder às mensagens que recebe. Assim que isso acontece, o pênis é irrigado com muito mais sangue e a ereção ocorre.
Homens mais velhos podem ter problemas de ereção mesmo assim, simplesmente porque as artérias não conseguem se dilatar muito mesmo quando o cérebro manda a ordem para que isso aconteça. Existem outros meios não tão populares de lidar com o problema e, se o Viagra não resolver, é importante procurar ajuda médica.
Todo medicamento pode vir acompanhado de efeitos colaterais, e com o Viagra não é diferente. Muitos pacientes já relataram mudanças na percepção das cores verde e azul, por exemplo. Isso sem falar em dores de cabeça e ataques cardíacos – é fundamental estar em dia com o cardiologista antes de tomar o remédio. Casos de ereções muito longas e ejaculações doloridas também já foram registrados.