Artes/cultura
26/09/2016 às 06:55•3 min de leitura
Se você é fã da série “Stranger Things”, sabe que boa parte da trama gira em torno de um programa obscuro conduzido por cientistas do Governo dos EUA. Mas você sabia que esse aspecto do enredo teve como inspiração uma iniciativa — supostamente real — chamada Projeto Montauk?
De acordo com os conspiradores de plantão, os rumores envolvendo o Projeto Montauk começaram a circular em meados da década de 80, e o programa estaria focado no desenvolvimento de técnicas de guerra psicológica e envolveria pesquisas relacionadas com a expansão da mente humana, o teletransporte, a invisibilidade, as viagens no tempo e a outras dimensões.
De acordo com Dave Gonzales, do portal Thrillist, segundo um cara chamado Preston B. Nichols, um suposto participante do Projeto Montauk que escreveu uma série de livros sobre suas experiências, as pesquisas eram conduzidas em um par de bases militares chamadas Montauk Air Force Station e Camp Hero, ambas localizadas em Long Island.
Localização de Camp Hero
Aparentemente, depois de se desligar do programa, Nichols conseguiu recuperar algumas memórias que haviam sido suprimidas e deu várias entrevistas revelando o que acontecia nos laboratórios das bases. Mais precisamente, Nichols dizia se lembrar de ter participado de uma série de experimentos chamados Montauk Chair — ou Cadeira Montauk, em tradução livre.
Eleven passando por experimentos parecidos com os descritos por Nichols
Conforme disse, um dos testes realizados era o The Seeing Eye (“O Olho que Tudo Vê” em tradução livre), durante o qual um médium — um garoto identificado como Duncan — segurava uma mecha de cabelo ou um objeto qualquer pertencente a outra pessoa e, depois de se concentrar por alguns minutos, ver através dos olhos desse indivíduo, escutar tudo o que ele ouvia e até ter as mesmas sensações. Soa familiar?
Acredite se quiser...
Nichols também revelou que, em uma das ocasiões, o médium teria libertado no mundo físico um monstro que se encontrava em seu subconsciente. Os transmissores conectados a Duncan apontaram que se tratava de uma criatura de aparência animalesca, enorme, malvada e faminta, e esse ser teria provocado certa destruição na base até ser capturado. O monstro inclusive teria sido visto por várias pessoas, mas, curiosamente, cada uma delas descreveu uma besta diferente.
Segundo Dave, os rumores apontam que o Projeto Montauk seria um desdobramento de outro programa supersecreto — e também considerado pelos céticos como nada menos do que uma elaborada teoria da conspiração — sobre o qual já falamos aqui no Mega Curioso: o Experimento Filadélfia.
Birutice de Nichols ou realidade?
Você pode conferir todos os detalhes sobre esse intrigante experimento através deste link, mas, basicamente, ele consistiu em uma série de testes realizados pela Marinha dos EUA na década de 40. O projeto tinha como propósito aplicar a teoria do Campo Unificado de Albert Einstein e teria resultado no teletransporte de um navio de guerra — chamado USS Eldridge — da Filadélfia até a Virgínia com todos os tripulantes a bordo.
Os elementos da história contada por Nichols são malucos demais, mas... será?
Pois Duncan, o tal médium-mirim mencionado por Nichols, seria um dos tripulantes a bordo do USS Eldridge e teria viajado no tempo, dos anos 40 até os 80, durante o experimento envolvendo a desmaterialização do navio de guerra — e sido incorporado no Projeto Montauk no corpo de um menino.
Ainda de acordo com Nichols, diversas crianças teriam participado dos experimentos, e algumas chegaram a ser enviadas a pontos desconhecidos do espaço-tempo através de um portal. Após vários anos de experimentos, os envolvidos no projeto desenvolveram a capacidade de viajar em relativa segurança no tempo e a outros lugares no espaço, como a Marte, por exemplo.
Você decide se acredita ou não nos relatos de Nichols
Além disso, eventualmente, os cientistas trabalhando no Projeto Montauk teriam inclusive construído uma espécie de máquina do tempo. Entretanto, depois do incidente envolvendo o monstro liberado por Duncan, os pesquisadores concluíram que estavam lidando com algo extremamente complexo e perigoso e decidiram que o melhor era dar um fim nos experimentos.
Agora, voltando ao seriado, curiosamente, antes de ele entrar em produção, seu nome não era Stranger Things, mas sim Montauk — em referência ao suposto projeto supersecreto conduzido pelos militares norte-americanos. Além disso, em vez de a história se desenrolar na cidadezinha (fictícia) de Hawkins, em Indiana, a trama também acontecia em Long Island, localização das bases em que os experimentos eram conduzidos.