Estilo de vida
17/04/2017 às 06:00•2 min de leitura
Após seu assassinato em 1963, o então ex-presidente dos EUA deu origem a inúmeras especulações e teorias da conspiração. Há quem ainda acredite na versão oficial de um único atirador, é verdade. Entretanto, não falta também quem ligue o próprio governo estadunidense a um esquema tão intrincado que faria alguns filmes europeus cult parecerem sitcoms. Mas será possível lançar um novo elemento a esse caldeirão? Aparentemente, sim.
Embora o disparo certeiro de Lee Havey Oswald tenha espalhado grande parte do cérebro de John Kennedy sobre o carro presidencial (e arredores), fato é que o pedaço nervosamente apertado entre as mãos de Jackie Kennedy — que apenas percebeu o ato quando chegou ao hospital, a propósito — não foi o único que restou. Grande parte da massa cinzenta do político permaneceu dentro de sua caixa craniana na ocasião.
Após a autópsia conduzida com o cadáver de John F. Kennedy, o seu cérebro foi guardado dentro de uma gabinete na Casa Branca pelo Serviço Secreto dos EUA. Posteriormente, os restos do órgão foram movidos por Robert Kennedy para uma sala secreta os Arquivos Nacionais — juntamente com outros materiais da autópsia do irmão, incluindo amostras de sangue e fragmentos de ossos.
Posteriormente, entretanto, ninguém mais soube do cérebro de Kennedy. Em 1966 alguns oficiais buscaram os restos do ex-presidente, descobrindo que o contêiner havia desaparecido. Mesmo os interrogatórios realizados com mais de 30 pessoas não foram suficientes para fornecer qualquer pista sobre o paradeiro do cérebro de Kennedy.
O desaparecimento do cérebro de John Kennedy foi mantido sob o mais completo sigilo até 1978, quando um comitê selecionado pela Casa Branca acabou por revelar o ocorrido ao público. Naturalmente, aí passaram a surgir diversas teorias da conspiração, todas se ocupando de explicar qual teria sido o motivo para o sumiço do órgão.
Entre as teorias que mais ganharam fôlego está a de que o governo dos EUA quis esconder o fato de que, eventualmente, o presidente possa ter sido assassinado por vários disparos vindos de múltiplas direções — o que transformaria Lee Havey Oswald em um bode expiatório governamental (teoria que ainda hoje conta com muitos defensores).
Entretanto, também há quem diga que o sumiço foi arquitetado pelo próprio Robert Kennedy. Diz-se que Robert pode ter tentado ocultar eventuais problemas de saúde do irmão ou mesmo seu hoje notório problema de dependência de vários remédios controlados.
Seja como for, essa hipótese hoje é rebatida por especialistas, já que, à altura, um exame do cérebro de John Kennedy provavelmente teria revelado muito pouco sobre sua saúde ou dependências químicas. O órgão, entretanto, permanece desaparecido até hoje.
*Publicado originalmente em 18/11/2014.