Estilo de vida
03/04/2017 às 02:00•3 min de leitura
Uma das cenas mais famosas do cinema de ficção científica é a do filme “Planeta dos Macacos”, de 1968. Nela, o astronauta George Taylor viaja pelo espaço e chega a um planeta governado por macacos inteligentes e determinados a exterminar a população humana. Ao explorar a zona do planeta devastada por uma guerra, ele encontra a Estátua da Liberdade semienterrada e, só então, percebe que está em uma versão futura da Terra.
Um espectador mais crítico pode se perguntar como Taylor demorou tanto tempo para perceber que estava em seu lugar de origem, uma vez que ele podia respirar normalmente, o clima era hospitaleiro e ele tinha se deparado com espécies de vegetais e animais que já conhecia anteriormente. Mas os realizadores do filme conseguiram deixar a história mais crível ao colocar o personagem em locais que mais pareciam de outro planeta. A Zona Proibida, por exemplo, era o Red Rock Canyon State Park, na Califórnia, onde as imponentes formações rochosas podem te fazer lembrar de Marte.
Red Rock é apenas um dos muitos lugares da Terra que têm uma aparência diferente. Que tal conferir os outros?
Com uma superfície borbulhante e uma paisagem de cores vivas, Wai-O-Tapu seria um ótimo cenário para simular o lar de seres extraterrestres. Maior parque geotermal da Nova Zelândia, seu nome significa “águas sagradas” e seu território cobre uma área total de 18 quilômetros quadrados.
Mesmo que nem toda a reserva esteja aberta à visitação, o turista poderá conhecer crateras colapsadas e entrar em piscinas borbulhantes de lama vulcânica.
Este pequeno rio da província de Huelva, Andaluzia, sudoeste de Espanha, tem sua coloração devido a um ácido com pH 1.2. Além disso, essas águas possuem alta concentração de metais e pouco oxigênio, o que faz com que não existam muitas formas de vida no local.
O Rio Tinto foi considerado um “rio morto” por muitos anos, porém, recentemente, foram encontradas algas microscópicas em sua superfície. Esse fato fez com que a NASA escolhesse o local para investigações, já que ele apresenta semelhanças com o planeta Marte.
Você provavelmente já viu as fotos da “Grande Mancha Vermelha de Júpiter”, que na verdade é uma tempestade gigantesca! Quando vista do espaço, a Terra tem uma característica semelhante em sua superfície: a Estrutura de Richat, na Mauritânia.
Situada no deserto do Saara, a Estrutura de Richat é um acidente geográfico muito particular, formando um redemoinho circular com aproximadamente 50 quilômetros de diâmetro.
Quando os cientistas estudaram as imagens capturadas pela sonda espacial Cassini-Huygens, observaram um enorme lago sobre Titã, o maior satélite natural de Saturno. Lá, o metano comporta-se quase como na Terra, evaporando e caindo em forma de chuva, num ciclo sem fim. Este lugar tem uma grande semelhança com outro aqui da Terra: o Parque Nacional Etosha, na Namíbia.
Etosha, cujo nome significa "grande lugar branco" na língua dos ovambo, é uma área de 4.800 quilômetros quadrados de extensão de argila seca.
Essa parte do deserto no parque nacional de Nambung, na Austrália, tem milhares de projeções de rochas levantando-se da areia e sendo esculpidas pelos ventos, chuva e sol durante milhares de anos. Algumas chegam a atingir 3,5 metros de altura, formando um cenário incrível.
Com uma área 2.440 metros acima do nível do mar, o Atacama é o deserto mais alto e seco do mundo. Em alguns pontos, pode ultrapassar 4 mil metros! As temperaturas no local variam entre 0 °C durante a noite e 40 °C pelo dia, o que faz com que existam poucas habitações no local.
Com muitas dunas de areia e fluxos de lava, não é difícil relacionar o Atacama às imagens mostradas por sondas robóticas. Aliás, esse é um dos motivos pelos quais a NASA usou o deserto chileno como local de testes. Em 2005, uma sonda detectou vida microbiana em um solo aparentemente árido do Atacama, dando esperanças para os cientistas.
Esta região, de aproximadamente 1.600 quilômetros quadrados, pode lembrar a superfície lunar quando impactada por meteoros. Porém, sua paisagem é resultado do movimento de alongamento da crosta terrestre ao longo dos anos.
A maior região livre de gelo na Antártida é varrida pelo vento e possui um terreno acidentado, que chega a se parecer com o de Plutão. Cobrindo cerca de 15 mil quilômetros quadrados, seus vales foram esculpidos por geleiras que há muito tempo não mais existem, deixando um rastro de camadas quebradas e desgastadas pelas fortes ventanias.
A superfície contém depósitos de sedimentos marinhos, além de dunas e cinzas, abrangendo uma camada de solo que tem milhões de anos. A falta de gelo torna mais fácil o estudo dos processos geológicos que afetam a Antártida.
Em meados da década de 70, os cientistas descobriram um local particularmente diferente: as fontes hidrotermais, que penetram 2 quilômetros para dentro do oceano, perto das Ilhas Galápagos, no Pacífico Sul. Dentro das aberturas, a água aquecida por atividade vulcânica pode chegar a 400 °C.
Vênus, o segundo planeta mais próximo ao Sol, é o lar de mais vulcões do que qualquer outro lugar no sistema solar. Sua paisagem é composta, em grande parte, de planícies de basalto, um tipo de rocha formada por fluxo de lava.
O mais próximo que podemos chegar disso na Terra é através da formação de basalto negro, na Hawaii's Big Island. Um exemplo é o Kilauea, o vulcão mais jovem e mais ao sul da ilha. Desde 1952, ele já entrou em erupção mais de 35 vezes!
*Publicado em 10/12/15
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