Artes/cultura
09/08/2017 às 02:00•3 min de leitura
Os gatinhos dominam a internet. Esses companheiros peludos são extremamente fofos e capazes de derreter até mesmo os corações mais gelados – mesmo que alguns insistam em chamá-los de “criaturinhas do mal”.
Entre tantas raças disponíveis (contando também com as que não têm pedigree), uma das mais populares continua sendo a persa. Com pelos longos e cara achatada, os persas são os preferidos de muita gente, que chega a pagar mais de R$ 3 mil em um filhote.
Por isso, conheça 7 curiosidades sobre eles:
Como a maioria das raças de gato, a origem dos persas é relativamente desconhecida. A versão mais aceita é que um italiano chamado Pietro Della Valle teria visitado a Pérsia, atual Irã, em 1620, e levado quatro pares de um curioso tipo de gato peludo que ele encontrou por lá.
O cara teria sido o responsável por espalhar as fofurinhas por toda a Europa Ocidental – ainda que muita gente defenda que é muito possível que outros viajantes tenham carregado os animais domésticos para outros cantos do mundo, inclusive para o Velho Continente.
Viajante Pietro Della Valle seria o responsável por introduzir os persas na Europa
Se você pensa que o fascínio por gatos é apenas uma coisa recente, por causa das redes sociais, está muito enganado. Em 1871, uma exposição no Palácio de Cristal, em Londres, atraiu mais de 20 mil pessoas curiosas pelas raças exóticas de gatinhos. E, é claro, os persas eram a atração principal – tanto que foi um deles que ganhou o prêmio principal da feira, que durou apenas um dia.
Exposição em Londres, em 1874, atraiu 20 mil pessoas em apenas um dia
Uma pesquisa de 2014 mostrou que, entre os gatos de raça, os persas estão em segundo lugar na preferência dos norte-americanos. Eles foram introduzidos no país em 1895, dez anos antes da fundação da Cat Fanciers’ Association, que cuida dos pedigrees dos bichanos por lá. Lógico que os persas estavam entre os primeiro a ganhar um certificado de “puro-sangue”. A fama ainda aumentou com o carinho de personalidades famosas, como Marilyn Monroe, que eram apaixonadas pela raça.
Marilyn Monroe teve um persa branco chamado Mitsou
Muita gente acha que qualquer gato é independente por natureza, o que não é tão diferente da realidade. Apesar disso, qualquer bichinho de estimação necessita de atenção e carinho – e isso não é diferente com os persas. Entretanto, a raça também é conhecida por ser uma das que menos necessitam de atenção, ou seja, é ideal para famílias ocupadas ou para quem passa muito tempo fora de casa.
Mas, atenção: pouca necessidade de cuidado não significa, em momento algum, negligenciar o felino. Tratá-lo com amor é fundamental, assim como aprender a respeitar a sua independência.
O persa está entre as raças mais independentes
Se fizessem um livro sobre as cores que essa raça pode assumir, ele se chamaria “50 Tons de Persas”. E isso não é exagero: existem, sim, mais de cinquenta variações. Os mais populares são branco e cinza, mas eles ainda podem ser dourados, alaranjados, malhados, listrados e por aí vai. Eles também podem ter vários tamanhos, incluindo os minúsculos gatos persas teacups e os fofíssimos gatos persas himalaios.
Existem mais de 50 tonalidades diferentes de gatos persas
Além da pelagem deslumbrante, a principal característica dos persas é o seu focinho curto. Porém, o que muita gente não sabe é que nem sempre a cara deles foi assim. Na década de 1950, uma anomalia genética fez com que vários gatinhos nascessem com a face mais achatada do que antes.
Só que o que poderia ser um problema virou uma mina de ouro para os criadores. Eles acharam bonito esteticamente e nos anos seguinte se dedicaram a manter essa característica através de reprodução seletiva. Entretanto, isso causa problemas de respiração e dificulta a alimentação dos bichinhos.
Focinho curto traz problemas ao gato
No começo deste mês, um quadro com 42 gatos persas e angorás foi arrematado em um leilão pela pequena fortuna de US$ 820 mil (algo em torno de R$ 3 milhões)! A obra de arte, intitulada “Os Amantes de Minha Esposa”, pertenceu a um milionário filantropo que a encomendou ao pintor Carl Kahler (1855-1906) no final do século 19.
Pintura do século 19, com 2,6 x 1,8 m, foi vendida por mais de R$ 3 milhões
*Publicado em 25/11/2015