Ciência
24/01/2024 às 06:30•2 min de leitura
Ter o livro publicado por uma editora é o sonho de muitos escritores. Porém, nem todos conseguem realizar este desejo e acabam optando pela autopublicação, modalidade na qual o próprio autor custeia o processo e faz a obra chegar ao leitor.
O serviço, também conhecido como self publishing, ficou ainda mais difundido com o avanço da tecnologia, atendendo principalmente aos iniciantes. Mas se engana quem pensa que a modalidade é recente e escolhida apenas por escritores desconhecidos.
Listamos, a seguir, 6 livros famosos que foram autopublicados.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
A autora britânica Beatrix Potter encontrou resistência para publicar O conto de Peter Rabbit, entre o final do século XIX e o início do XX. Enquanto as editoras insistiam em lançá-lo como um livro grande e caro, ela desejava um formato pequeno e acessível para as crianças.
Diante do impasse, a escritora decidiu usar sua poupança para imprimir 250 exemplares, em 1901, que se esgotaram rapidamente. O sucesso influenciou uma das editoras a mudar de ideia, resultando em 20 mil cópias vendidas no Natal seguinte.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O jornalista e romancista Upton Sinclair teve problemas semelhantes com A selva, em que denunciava a exploração de imigrantes nos Estados Unidos. Entre as editoras procuradas, algumas rejeitaram a obra e outras queriam retirar os trechos mais impactantes.
A solução encontrada por Sinclair foi a autopublicação, em 1905, por meio de doações de leitores, mas no ano seguinte uma editora publicou uma versão ligeiramente diferente do livro.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Antes de alcançar o sucesso, o livro de James Redfield foi vendido no boca a boca, após o autor gastar US$ 7 mil para imprimir 3 mil cópias. Junto com a esposa, ele passou meses viajando pelos EUA, em 1993, vendendo os exemplares em uma van.
Pouco tempo depois, a obra que mescla suspense e misticismo passou a ser impressa pela Warner Books, ficando três anos na lista dos livros mais vendidos do país.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Para publicar sua obra de ficção científica, Andy Weir aproveitou os avanços da tecnologia. Editado pelo próprio autor, o livro foi disponibilizado gratuitamente na internet, em 2011, e depois saiu como e-book na Amazon, antes de ganhar uma versão impressa.
A história é sobre um astronauta que viaja até Marte e fica preso por lá após um imprevisto, passando a lutar pela sobrevivência. O enredo é o mesmo do filme Perdido em Marte, adaptado desta obra.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Iniciando a carreira, o escritor Stephen Crane precisou usar suas economias para autopublicar o primeiro trabalho, em 1893. O livro aborda a violência, a prostituição e a pobreza na Nova York do final do século XIX.
Além da impressão, o autor pagou pela divulgação da obra, feita por quatro homens contratados por ele para a leitura em um trem elevado da cidade, atraindo a atenção de editores famosos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A lista dos autores autopublicados também inclui E. L. James, que apostou na modalidade para lançar Cinquenta tons de cinza, em 2011. A obra saiu primeiro na internet, com o título Master of the Universe, ganhando um e-book e uma edição impressa sob demanda, com alterações.
O livro não demorou a se tornar um bestseller e ser adaptado para o cinema.