Ciência
17/02/2013 às 03:05•2 min de leitura
Recentemente, a mídia tem usados com excesso termos como "asteroide", "meteoro" e "meteorito". As principais razões para essa atenção repentina ao espaço são o asteroide 2012 DA14, que passou “de raspão” pela Terra, e um meteorito que atingiu a Rússia e deixou mais de 500 pessoas feridas. Com essa exposição maior do assunto, fica fácil se confundir e não entender a diferença entre essas diferentes classificações. E tudo fica pior quando os tais meteoroides e planetoides se juntam a asteroides, meteoros e meteoritos.
Basicamente, todos esses termos astronômicos tem uma origem em comum: o asteroide, ou seja, um corpo rochoso e inativo que vaga pelo espaço. Porém, esse asteroide se torna um meteoro assim que entra na atmosfera terrestre e proporciona o que chamamos popularmente de “estrelas cadentes”. Caso esse meteoro sobreviva à descida incandescente ao nosso planeta e atinja o solo, ele se torna um meteorito.
Parece, simples, não? Afinal, tudo depende da altura em que esse tal corpo rochoso se encontra. Porém, há exceções a essa regra e, de acordo com o tamanho ou região do espaço em que o asteroide se encontra, ele pode ser promovido ou rebaixado para outros "cargos" astronômicos.
A carreira de um asteroide não está restrita a se tornar meteoro ou meteorito. Outras portas estão abertas para a promissora “rocha” que vaga pelo espaço. Se uma pequena parte se desprende de um asteroide maior e passa a orbitar o nosso Sol, esse “filhote” ganha, automaticamente, o nome de meteoroide.
Entretanto, há milhões de asteroides “lá fora” e cerca de 750 mil deles compõem um cinturão localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, com muitos candidatos a meteoroides. Com um número tão grande de "rochas" espaciais, é de se esperar que algumas fujam do normal e atinjam proporções tão grandes a ponto de serem confundidas com um planeta.
Fonte da imagem: NASA
Quando isso acontece, o asteroide é promovido para planetoide. Esse é o caso de Ceres, por exemplo, que possui 940 km de extensão. E as semelhanças com planetas chegam a assustar: apesar de não possuir atmosfera, um asteroide pode ser massivo o suficiente a ponto de ter luas orbitando ao seu redor.
Há diversos interesses científicos nos asteroides. Para começar, eles são os restos do processo de formação de planetas rochosos e, portanto, servem como uma espécie de registro histórico de como nosso Sistema Solar se formou. Além disso, quando esses objetos colidem com a Terra — como já aconteceu diversas vezes —, eles costumam alterar não só a forma do nosso planeta, mas também podem trazer mudanças drásticas nas formas de vida que o habitam.
Fonte da imagem: NASA
Como se não bastasse, os asteroides também são fontes muito ricas de minérios valiosos e, portanto, é muito provável que a humanidade comece a explorar esse tipo de recurso natural no futuro, mandando mineradores ao espaço para aumentar as riquezas da Terra.