Estilo de vida
30/03/2017 às 12:41•2 min de leitura
Galileu Galilei (1564-1642) foi um dos maiores gênios da humanidade, tendo desenvolvido as teorias do heliocentrismo, do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo, além de estudar a lei dos corpos, o princípio da inércia e o telescópio refrator, entre muitos outros avanços científicos.
Porém, nem sempre ele foi popular. Antes de morrer, Galileu foi declarado herege e inimigo da igreja, tanto que seu corpo foi proibido de ser enterrado na Basílica de Santa Cruz, na Itália, onde estavam seu pai e outros antepassados, além de figuras como Michelangelo, Maquiavel, Foscolo e Rossini.
O corpo de Galileu acabou sendo enterrado em uma pequena capela ao lado da basílica e lá permaneceu por quase 100 anos, até que a igreja reconheceu que havia errado em sua condenação e ordenou a troca de túmulo. Acontece que nesse período emergiu Isaac Newton, que comprovou as teorias de Galileu e fez com que a igreja se curvasse em prol do cientista.
Galileu Galilei foi considerado herege e proibido de ser enterrado em basílica
Galileu morreu em 1642, e o reconhecimento da igreja aconteceu em 1718. Porém, seu corpo só foi exumado e transferido em 1737, com enormes honrarias. Nessa época, ele já era idolatrado, e muitas pessoas queriam guardar um pedacinho seu como lembrança. Antes do enterro na basílica, 3 dedos, 1 dente e 1 vértebra foram surripiados de seu cadáver.
A vértebra foi enviada à Universidade de Pádua, já que Galileu lecionou por muitos anos nessa instituição. Entretanto, os dedos e o dente foram passados de colecionador a colecionador, sempre na surdina, até desaparecerem completamente no ano de 1905.
Em 2009, a história ganha novos contornos: essas partes reapareceram em um leilão junto com outras relíquias religiosas, que estavam guardadinhas em uma caixa de madeira datada do século 17. Os objetos não estavam identificados como sendo de Galileu, tanto que o renomado colecionador italiano Alberto Bruschi arrematou o lote sem saber do que se tratava.
Atual túmulo de Galileu na Basílica de Santa Cruz
Bruschi, entretanto, notou que a tal caixa estava adornada com um busto de Galileu e resolveu investigar. Ele descobriu a história dos pedaços desaparecidos do corpo e resolveu contatar o Museu Galileu, de Florença, para saber se por acaso essas partes não tinham caído em seu colo sem querer.
Testes e estudos comprovaram que realmente os dedos e o dente pertenciam ao cadáver de Galileu, por isso Bruschi entregou os artefatos ao museu. Hoje em dia, ao visitar local, você é recebido por um singelo dedo do meio mumificado do genial cientista. Ele fica exposto dentro de uma espécie de ovo de vidro, junto com outros artefatos que pertenceram a Galileu. Bizarro, hein?
Dedo médio está exposto em museu
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