As 10 pinturas mais criativas feitas em carros de corrida

25/09/2015 às 14:366 min de leitura

As pinturas feitas em carros de corrida foram estabelecidas no início do século 20. Em uma corrida chamada Gordon Bennett Cup, precursora dos Grandes Prêmios que conhecemos hoje no automobilismo, a organização do evento exigiu que os automóveis fossem pintados com uma cor específica, de acordo com o país de origem dos participantes, para poder diferenciar os pilotos e seus veículos.

Foi na década de 30, no entanto, que as cores nacionais do automobilismo foram definidas para sempre: os britânicos continuaram com o tradicionalíssimo verde Shamrock, enquanto a Alemanha preferiu ficar com as chapas de alumínio que dariam a fama para os carros do país mais tarde. A Itália conseguiu para si o vermelho, graças aos feitos da Alfa Romeo no período. A cor, inclusive, pertencia aos Estados Unidos, que resolveu pintar seus carros de branco a partir daquele momento.

Foi no finalzinho da década de 60, no entanto, que as empresas viram no automobilismo uma ótima forma de divulgar suas marcas e fazer publicidade – e aí que as pinturas mais criativas do automobilismo surgiram.

Por isso, listamos aqui 10 das pinturas mais criativas já feitas em carros de corrida. Confira:

10 - Os vaga-lumes da Patrón em seus carros de endurance

undefinedPara corridas durante a noite: vagalumes e tequila (ok, talvez sem a tequila)!

A Patrón, uma das mais conhecidas produtoras de tequila do mundo, é uma importante patrocinadora das competições automotivas de endurance nos Estados Unidos. Além de estampar sua marca em eventos importantes por lá, ela também patrocina uma equipe que participa das corridas – a ESM.

A pintura dos carros da Patrón levam as cores da equipe principal, o preto e o verde fluorescente. A simpática abelha que vem nas garrafas de tequila da marca acabaram se transformando em "vaga-lumes", que deixam seus rastros no carro – uma temática perfeita para o estilo de corrida de endurance, que tem provas que geralmente duram a noite inteira.

O bacana é que os veículos pretos contrastam com o verde gritante dos detalhes e dão a impressão de que um grupo de vaga-lumes gigantes está andando pela pista.

9 - Honda RA107: o "Carro-Terra"

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Sem dúvida nenhuma, o RA107, da Honda, apelidado de "Earth Car" – ou "Carro-Terra", dependendo do lado da rua em que você mora – é um dos mais icônicos em toda a história da Fórmula 1. Lançado em 2007, ele foi o primeiro veículo em 30 anos a ir para o grid sem uma pintura relacionada a um patrocinador específico.

A história por trás desta arte criativa foi o desejo da Honda de ter uma categoria mais limpa e com menor impacto ecológico. Além disso, era possível ter seu nome estampado no veículo: bastava fazer uma doação para uma instituição de proteção ambiental.

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Oito anos depois, a categoria máxima do automobilismo adotou motores menores e mais eficientes (mesmo que menos empolgantes), mostrando que, apesar de não ter agradado a todos na época, o "Earth Car" teve sua importância nas mudanças vistas na Fórmula 1.

8 - Uma BMW de Tic Tacs


1992 DTM - Valier "Tic-Tac" BMW M3

No início da década de 90, a Tic Tac foi a principal patrocinadora da equipe Valier, que participava da DTM (o campeonato alemão de carros de turismo). Embora não tenha sido o veículo mais bonito, a ideia por traz da pintura da BMW M3 foi genial: a cor verde foi baseada na logomarca da empresa; já o espaço livre foi preenchido com um monte de "balinhas".

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Junto com outros carros que fizeram sucesso na época (como a Mercedes Benz da Sonax/Boss), a BMW da equipe Valier foi um ótimo exemplo de publicidade bem-sucedida no automobilismo.

7 - A lagostona da March

A Red Lobster é uma popular rede de restaurantes de frutos do mar nos Estados Unidos que resolveu, na década de 80, incluir a sua marca em carros de corrida. Em 1983, ela teve a brilhante ideia de estampar uma gigantesca lagosta vermelha (o nome da empresa, no caso) em um protótipo da marca March. O crustáceo foi pintado 16 vezes por Jack Deren antes da versão final.

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A cor branca favoreceu muito para que tudo ficasse mais divertido, já que foi possível deixar a anatomia do bicho muito similar ao desenho do carro. Por mais que os resultados dentro das pistas não tenham sido os melhores, é impossível dizer que o veículo tenha passado despercebido em qualquer competição nas quais ele competiu durante seus dois anos de atividade.

6 - O crocodilo ultraveloz da Audi

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A final da American Le Mans Series de 2000 foi disputada em um evento especial na Austrália. A Audi, equipe dominante da época, resolveu prestar sua homenagem ao país que hospedou a corrida com uma pintura especial em um de seus carros.

O R8 estampou uma arte inspirada em um dos bichos mais populares do lugar: os crocodilos gigantes. Mesmo que os imensos répteis não sejam visto em circuitos mundo afora e não sejam conhecidos por serem particularmente rápidos, o protótipo da montadora alemã voou nas pistas e faturou o campeonato.

5 - A BMW M1 da BASF

Se você nasceu antes da década de 90, a chance de reconhecer o símbolo da BASF (conhecida hoje como EMTEC) é enorme: ela foi uma das principais produtoras de fita cassete do planeta.

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Em um período em que os alemães estavam particularmente empolgados com o automobilismo – e com a publicidade em carros de corrida –, não é surpresa que a empresa tenha patrocinado uma equipe para estampar sua marca. O carro em questão foi uma BMW M1 da equipe Sauber, que participou de alguns eventos importantes em 1981.

O veículo mais parecia um outdoor ambulante, tendo o símbolo da BASF estampado em toda a sua carroceria – o que fazia com que pudesse ser identificado imediatamente e cravasse a logomarca da empresa na cabeça dos fãs de corridas.

4 - Um Fórmula 1 dividido pela BAR

undefinedA solução ideal para um impasse com o regulamento

Esta é uma história particularmente curiosa: a equipe BAR planejava participar da temporada 99 da Fórmula 1 com cada carro pintado de cores diferentes. Isso porque ela tinha dois patrocinadores principais: a Lucky Strike e a 555, ambas conhecidas na Inglaterra por vender cigarros serem e subsidiárias da BAT (British American Tobacco), a dona do time.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) proibiu, já que seu regulamento permitia apenas mudanças sutis, como o número, bandeira do país e nome do piloto. A solução? Dividir o carro ao meio para cada uma das empresas, com um "zíper".

undefinedMetade 555, metade Lucky Strike

A divisão influenciou até mesmo o uniforme da equipe de mecânicos: metade deles usavam o uniforme da 555, enquanto a outra parte levava as cores da Lucky Strike.

3 - Os bichos da Jordan na F1

Nossa terceira posição é ocupada, coincidentemente, por três veículos emblemáticos na história da Fórmula 1: os carros da Jordan que participaram da categoria entre 1997 e 2001. Durante quatro anos, a equipe pintou algumas artes diferentes nos bicos dos seus tradicionais carros amarelos, patrocinados pela Benson & Hedges.

O primeiro animal a aparecer, em 1997, foi uma cobra:

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Entre 1998 e 2000, a Jordan adotou uma vespa como inspiração para o bico de seus carros:

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Por último, em 2001, o animal que estampou a dianteira foi um tubarão:

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Com a mudança de patrocinadores, em 2002, as artes deixaram de ser usadas.

2 - Os "Art Cars" da BMW

Se a BMW tem tradição em ter seus carros de corrida, mesmo que nas mãos de outras equipes, servindo como telas para que publicitários pudessem colocar sua criatividade nas pistas, a própria montadora alemã é responsável por isso.

Uma das grandes tradições relacionadas à empresa e sua trajetória no automobilismo são os veículos que serviram de tela para grandes artistas, como Hervé Poulain, Frank Stella, Andy Warhol, Jenny Holzer e, por fim, Jeff Koons.

A história dos "Art Cars" da BMW começou em 1975 e foi marcada por carros de diversas categorias importantes, como o clássico Grupo 5, os protótipos de Le Mans e a mais recente participação na GT2 no mesmo evento.

As pinturas conceituais e extremamente chamativas fizeram com que eles se tornassem verdadeiros ícones na história das competições automotivas.

Galeria 1

Diversos outros carros de rua foram feitos para ficar em exposição no museu da marca, na Alemanha.

1 - O "porquinho" cor-de-rosa da Porsche

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A Porsche era o nome a ser batido nas competições de endurance no início da década de 70, mas isso não a impediu de tentar inovar. Em 1971, ela modificou bastante a carroceria do seu protótipo 917 – batizado então de 917/20 –, o deixando mais largo e fazendo com que tudo parecesse maior.

Como nenhum patrocinador de peso apareceu até as 24 Horas de Le Mans daquele ano, Anatole Lapine, designer da Porsche na época, resolveu pintar o carro de rosa claro e decorá-lo com adesivos que representavam os pontos de corte de um porco. O apelido do veículo, então, era óbvio: porco cor-de-rosa. Ele também foi chamado de "Big Bertha" e "Caçador de trufas", mas nada soava tão suíno e adequado.

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Além do impacto visual e dos milhares de fãs imediatos, o carro era extremamente ágil: ele foi o modelo mais rápido durante os treinos classificatórios, mas acabou sendo retirado da competição após um acidente. Sem dúvida alguma, é um dos veículos de corrida mais carismáticos de toda a história do automobilismo.

Menção honrosa: a "Purrari Nyan Cat" de Deadmau5

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Não é um carro de corrida e não é uma pintura, mas esbanja criatividade: Joel Zimmerman, mais conhecido pela alcunha "Deadmau5", é um DJ e produtor de música eletrônica, um fã incondicional de carros. Entre os modelos que já passaram por sua garagem, podem ser incluídas Lamborghinis, McLarens e outros tantos.

Nenhum deles, no entanto, é tão emblemático quanto a Ferrari 458 que o músico "pintou", inspirado por um dos grandes ícones da internet: o Nyan Cat. Não é uma pintura de verdade, mas sim um envelopamento.

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Até os emblemas foram modificados: o cavalo rampante deu lugar ao semblante de um gato desengonçado e o carro foi rebatizado de "Purrari". A empresa, lógico, não gostou nada da brincadeira e ameaçou entrar com um processo contra Deadmau5, que optou por vender o veículo e montar outro: a Nyanborghini Purracán – essa, sem qualquer tipo de problemas (pelo menos até agora).

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