Ciência
01/03/2018 às 14:30•2 min de leitura
Não é de hoje que os humanos tatuam a pele — com um dos exemplos mais antigos de que se tem notícia sendo “Ötzi”, um homem que viveu há cerca de 5,3 mil anos, na Idade do Bronze, e cujo corpo mumificado foi descoberto nos Alpes em 1991. Já no que diz respeito às tattoos encontradas em mulheres, nós compartilhamos aqui no Mega, por exemplo, a notícia da descoberta de uma múmia egípcia com mais de 3 mil anos e que contava com uma no pescoço. Veja a seguir:
Pulso de Ötzi e pescoço tatuado da múmia egípcia (Mega Curioso)
Só que acabaram de achar tatuagens na múmia de uma mulher egípcia que viveu há cerca de 5,2 mil anos — o que significa que esse é o exemplo mais antigo de tattoos femininas já descoberto no mundo. E sabe o mais interessante? A tal múmia se encontrava em exposição há 100 anos no Museu Britânico, em Londres, e, até agora, ninguém tinha reparado que ela tinha tatuagens!
E sabe outra coisa legal? A múmia da mulher não estava sozinha! Na verdade, ela foi descoberta próximo à cidade de Luxor, no norte do Egito, junto com a múmia de um homem, também tatuado e que, assim como sua companheira, estava exposto no museu. Aliás, a dupla é conhecida como “Homem de Gebelein A” “Mulher de Gebelein”.
“Homem de Gebelein A” (BBC/The Trustees of The Bitrish Museum)
A descoberta das tatuagens aconteceu depois de as múmias serem submetidas a uma série de análises — como a datação por radiocarbono, a tomografia computadorizada e a termografia — e os pesquisadores notarem os desenhos. No caso do homem, os cientistas determinaram que ele tinha entre 18 e 21 anos de idade quando morreu (assassinado por esfaqueamento!) e encontraram a tattoo do que parecem ser dois animais sobrepostos na parte superior do braço.
“Mulher de Gebelein” (Gizmodo/The Trustees of The Bitrish Museum)
Já na mulher, os pesquisadores encontraram quatro figuras em forma de “S” no ombro direito e outro desenho na parte superior de um de seus braços que os cientistas acreditam ser desenhos de bastões. Eles também pensam que as tatuagens podiam ter ligação com algum tipo de ritual da época em que ela viveu, entre 3351 e 3017 a.C., e que o pigmento usado para fazer as tattoos pode ter sido feito com cinzas. A idade da mulher e a causa da morte não foram reveladas.
“Mulher de Gebelein” (Gizmodo/The Trustees of The Bitrish Museum)
Vale destacar que, além de a tatuagem encontrada na mulher passar a ser a tattoo feminina mais antiga já descoberta, os desenhos nas duas múmias estão sendo tratados como os exemplos de tatuagem — com figuras e personagens deliberadamente desenhados em vez de simples linhas e padrões — mais antigos do mundo.
(Gizmodo/The Trustees of The Bitrish Museum)
Também vale lembrar que no caso de Ötzi, ele apresenta 61 tattoos, mas, como elas estão situadas próximo às articulações e não passam de meras linhas, os cientistas teorizam que sua aplicação não tinha a ver com arte e podia fazer parte de algum tipo de tratamento terapêutico.