Ciência
26/11/2024 às 21:00•2 min de leituraAtualizado em 26/11/2024 às 21:00
O desbravamento das diversas regiões do mundo foi acontecendo por meio de expedições exploratórias de aventureiros que saíam por aí, arriscando a vida ao entrar em locais desconhecidos. Suas histórias permaneceram vivas e até hoje inspiram outros corajosos.
Em meio às expedições de sucesso, há também as aventuras que foram igualmente corajosas, mas imprudentes. Muitas delas terminaram em desastre e até mesmo na morte dos participantes.
O engenheiro e físico sueco Salomon August Andrée teve uma ideia inusitada em 1896: ele resolveu viajar para o Polo Norte a bordo de um balão de hidrogênio. Andrée foi autorizado pelo Rei Oscar II a fazer a tentativa. Mas, na primeira vez que voou, não deu certo.
No ano seguinte, Andrée tentou mais uma vez e finalmente conseguiu decolar da Ilha Danes no Mar Ártico. Iam com ele mais dois homens que planejavam seguir ao norte através dos desertos do Ártico até o Polo Norte.
Os três saíram a bordo do balão Eagle em julho de 1897, mas logo se depararam com dificuldades, incluindo a perda das linhas que eram usadas para dirigir o balão. Dois dias depois, eles tiveram que fazer um pouso de emergência no gelo. Mesmo que estivesse com suprimentos, os três acabaram morrendo de frio, e seus corpos só foram encontrados em 1930.
Os três irmãos portugueses Corte-Real (Gaspar, Miguel e Vasco) ficaram famosos por conta de suas expedições – mesmo que várias delas tenham sido fracassadas.
Em 1501, Gaspar e Miguel resolveram navegar até a Groenlândia usando três navios. Só que apenas dois retornaram para Portugal. O navio que desapareceu era aquele em que Gaspar estava. Miguel então resolveu voltar para procurá-lo, mas também nunca retornou à terra natal.
Isso deixou Vasco sozinho. Ele então decidiu viajar para encontrar os dois irmãos desaparecidos. No entanto, o rei Manuel I o proibiu de acompanhar a missão de resgate. Dois navios então partiram sem ele, mas não encontraram os irmãos Corte-Real desaparecidos, que nunca mais foram vistos.
Em 1970, o aventureiro japonês Naomi Uemura se tornou a primeira pessoa do país a chegar até o cume do Monte Everest. Ele também fez uma viagem de 57 dias até o Polo Norte em 1978 usando trenós pilotados por cães.
Depois da subida do Everest, Uemura resolveu o Monte Aconcágua na América do Sul, o Monte Kilimanjaro na África e o Mont Blanc na Europa, sempre sozinho. Por fim, em 1984, com 43 anos, ele escalou o Monte Denali. Chegou até o topo no dia do seu aniversário e mandou uma mensagem do seu rádio. Mas foi a última. Depois disso, Uemura nunca mais foi visto e seus restos mortais nunca foram encontrados.
Em 1553, o explorador inglês Hugh Willoughby foi em busca da lendária Passagem Nordeste, que supostamente ofereceria uma rota marítima alternativa da Europa para a China. A expectativa era grande, pois tornaria o acesso aos mercados chineses muito mais fácil.
Willoughby partiu com três navios, acompanhado por Richard Chancellor, que tinha habilidades de navegação. Uma tempestade então arrebatou as embarcações, separando os dois comandantes.
Por fim, Chancellor chegou à Rússia, mas Willoughby desapareceu. Seu paradeiro permaneceu um mistério até um ano depois, quando pescadores russos encontraram seu diário de bordo. Concluiu-se então que ele e cerca de 70 de seus homens morreram afogados no Ártico.