5 tecnologias que utilizam o som para resolver tarefas complexas

Graças à tecnologia, diversos tipos de sons podem ser processados e nos levar a um universo de informações. Como exemplo disso, hoje, podemos facilmente identificar qual música está tocando no ambiente naquele momento por meio do microfone do celular.

Da mesma forma, com o uso de dispositivos inteligentes, um simples comando de voz é o bastante para acender luzes, realizar pesquisas, organizar nossa agenda e até mesmo fazer compras.

Conjuntamente, tais recursos mostram que não vieram apenas para facilitar o nosso dia a dia, mas também para trazer maior acessibilidade às pessoas com deficiência. E, ainda bem, existem muitas outras tecnologias menos conhecidas que processam os sons para realizar tarefas que exigem altíssima precisão!

1. Detecção da doença de Parkinson pelo som da voz

Desenvolvida pela Parkinson's Voice Iniciative, a partir da coleta da voz, um sistema faz análise da nossa fala e detecta a doença de Parkinson caso ela esteja se desenvolvendo. Tudo isso graças a um algoritmo especializado que detecta nuances que passam despercebidas por nós.

Segundo o site do projeto, a taxa de precisão é de 98,6%. Considerando a importância do diagnóstico precoce para que o paciente possa desfrutar do melhor tratamento, trata-se de um recurso formidável.

2. Mapeamento de salas

Existem diversos métodos que podem ser empregados para realizar o mapeamento de um determinado ambiente. Mas, ao utilizar o som, essa medição pode tanto ser precisa, quanto bastante rápida — os morcegos são especialistas nisso e provavelmente serviram de inspiração, já que eles emitem sons de alta frequência e mensuram ambientes quando estão no escuro.

É justamente essa a proposta de um sistema desenvolvido por pesquisadores suíços da Escola Politécnica Federal de Lausana. Para construir um mapa 3D, basta espalhar quatro microfones em qualquer ponto e estalar os dedos. Como mágica, o algoritmo irá calcular a área total com base no período que o som levou para se propagar no local e ecoar de volta.

3. Detector de falhas sísmicas

Nem todas as ondas sonoras podem ser percebidas por nós, mas isso não significa que a frequência emitida por elas não seja registrada por aparelhos específicos. Tendo isso em mente, um dispositivo está sendo usado para monitorar falhas nas placas tectônicas no fundo do mar.

Assim, é possível tanto gerar uma base robusta de dados para análise, investir em modelos preditivos e mesmo em métodos que alertem rapidamente em eventos extremos, como na ocorrência um tsunami. Essas ondas emitidas podem ser aproveitadas para ações de prevenção e resgate.

4. Detector de disparos

Há outro sistema que promete detectar tiros, desenvolvido pela ShotSpotter, cujo objetivo é ajudar na resolução de crimes cometidos com armas de fogo. Assim como mencionado no dispositivo que mede ambientes, esse sistema faz uso de microfones para detectar a distância dos disparos e fornecer alertas ao serviço de emergência, ou mesmo auxiliar em investigações.

Tudo isso dentro de um raio de até 25 metros do local em que o microfone estiver instalado. No entanto, há cenários que podem dificultar a detecção dos disparos, o que reforça a importância de usar e depender dessas tecnologias com cautela.

5. Detector de latidos

Para fechar com uma dica prática para aqueles com pet em casa, é possível contar com assistentes inteligentes, incluindo a famosa Alexa, para detectar se o animal anda latindo quando fica sozinho em casa, bem como programar alguma ação nesse tipo de situação.

Isso pode ser útil para permitir que, além da notificação, alguma música toque sempre que o latido for detectado, por exemplo. Só é recomendado conferir se os latidos dos cães vizinhos também acionam o dispositivo e mudá-lo de posição se necessário. Ou seja, mais um recurso bastante prático que pode ser utilizado no dia a dia para distrair os doguinhos.