Ciência
01/08/2012 às 09:34•1 min de leitura
(Fonte da imagem: Reprodução/National Geographic)
De acordo com a ABC News, um estudo realizado por pesquisadores suecos revelou que aquela história de “mulheres e crianças primeiro” no caso de naufrágios é pura balela. Na verdade, na hora do apuro, o que vale mesmo é o velho “salve-se quem puder”! E, geralmente, quem acaba levando a melhor são os homens.
Os pesquisadores avaliaram 18 desastres marítimos ocorridos entre 1850 e 2011 — somando 15 mil indivíduos de 30 nacionalidades diferentes —, para entender a relação entre gênero, normas sociais e o índice de sobrevivência entre os passageiros durante esses eventos.
Para o desapontamento dos pesquisadores, os dados parecem contradizer o que aconteceu durante o naufrágio do Titanic, no qual a maioria dos sobreviventes eram mulheres. Segundo os resultados, capitão e tripulação costumam se mandar do navio antes dos passageiros, e os homens apresentam um índice de sobrevivência maior do que o das mulheres. Por último, com um índice bem menor, estão as crianças — pobrezinhas.
Aliás, em apenas dois dos naufrágios avaliados — RMS Titanic e HMS Birkenhead — existiram mais sobreviventes mulheres do que homens. Os pesquisadores acreditam que os números excepcionais observados no Titanic — 70% de mulheres — se devam às ordens expressas do capitão Edward Smith, determinando a evacuação delas e das crianças primeiro, ameaçando os homens desobedientes com o uso de violência.
E quem pensa que a tripulação e — principalmente — os capitães sempre afundam com os navios também está enganado. Embora sejam os responsáveis pela organização das operações de evacuação, de acordo com o estudo esse é o grupo que apresenta os maiores índices de sobrevivência.