Artes/cultura
06/11/2014 às 08:01•6 min de leitura
Dizem que a doença do século XXI é a depressão – você já deve ter ouvido isso em algum lugar. O fato é que a modernidade trouxe consigo uma pressão maior em diversos sentidos: se na época da sua avó, estudar até o Ensino Fundamental já estava ótimo, hoje ter Mestrado pode não ser suficiente para qualificar um professor universitário, por exemplo. Isso é ruim? Aí depende do ponto de vista, mas vale sempre pensar na educação como uma aliada e não como um problema.
A questão é: você está aí, fazendo de tudo para ter um emprego bacana, para tirar uma nota boa na prova de História ou seja lá qual for o seu objetivo. Além disso, você precisa administrar suas relações sociais, as informações que consome e, inclusive, as redes sociais que usa. Às vezes é difícil evitar a sensação de que sua cabeça vai explodir, por isso resolvemos compartilhar com você algumas dicas que a revista Time deu para manter a saúde mental em dia. Respire fundo e boa sorte:
Quando está feliz, você anda de uma maneira diferente, com a cabeça erguida, de bom humor, certo? Isso nos faz crer que estar alegre pode mudar a forma como andamos. Será que o contrário também funciona e, de repente, andar diferente pode melhorar nosso humor? Pode, sim!
Uma pesquisa publicada no Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry revelou que andar com os ombros caídos, sem movimentar os braços, afeta nosso humor negativamente – além disso, quem anda de cabeça baixa e ombros caídos é visto pelas outras pessoas como alguém negativo. Para melhorar a situação, lembre-se de andar sempre com a cabeça e com os ombros erguidos. É simples e funciona.
Ou pelo menos chega de tantas fotos. Aquelas pessoas que andam pelas ruas fotografando árvores, trânsito, pássaros, nuvem bonitinha, céu azulado, chuva a caminho etc acabam tendo dificuldade em se lembrar de algumas coisas. A verdade é que fotografar tudo compulsivamente pode prejudicar a sua memória.
Essa relação entre uma coisa e outra foi comprovada em um estudo que avaliou a memória de alguns voluntários. Eles participaram de um tour por um museu, sendo que um grupo tirava fotos de todos os detalhes possíveis e o outro grupo apenas observava as peças. Depois disso, a conclusão: aqueles que tiravam fotos mal se lembravam do que tinham acabado de ver, enquanto que os observadores tinham tudo na ponta da língua.
“As lentes são um véu na frente de nossos olhos e nós não percebemos que o véu está ali”, disse Diedra L. Clay, uma das responsáveis pela pesquisa. Faz sentido, não é? Se tirar fotos compulsivamente é algo que você também faz, experimente maneirar um pouco – ao visitar a Mona Lisa no Museu do Louvre, lembre-se que há diversas imagens do quadro na internet. Aproveite para vê-lo de perto e tente não perder tempo tirando mais uma foto da obra de Da Vinci.
O bullying é uma dificuldade pela qual a maioria das pessoas passa – geralmente durante a infância e a adolescência. O problema é que nem sempre a fase adulta é livre desse pesadelo ou das consequências dele. Só nos EUA, 54 milhões de adultos sofrem algum tipo de bullying no ambiente de trabalho.
Imagine ser atacado emocionalmente com frequência no lugar onde você trabalha. Imagine o desconforto de ser sempre taxado de forma pejorativa por alguma característica física. É lógico que esse tipo de ataque fere a autoestima de quem sofre o bullying. Se isso acontece com você, pense em procurar ajuda psicológica para conseguir, futuramente, lidar com o problema e criar coragem de reporta-lo no seu local de estudo e/ou trabalho.
Essa é uma das verdades mais difíceis de assimilar – a gente entende. Então para ficar mais fácil, que tal alguns dados mais concretos? Sabia que a prática de exercícios físicos reduz em 19% a chance de uma pessoa desenvolver depressão?
Esse dado veio depois de uma grande pesquisa, realizada pela Universidade de Londres, com base na análise dos hábitos de vida de mais de 11 mil pessoas. A relação entre a prática de atividades físicas e uma vida mais feliz é cientificamente comprovada, então você pode começar a se focar nessa informação na hora de dar o primeiro passo. Depois, com o tanto de endorfina que o seu cérebro vai produzir, você vai começar a gostar e querer repetir.
Se a sua vida é muito sedentária, não adianta querer participar de uma maratona amanhã. Comece aos poucos, com pequenas caminhadas ou mudança de hábitos – ir pelas escadas em vez de apertar o botão do elevador já é uma coisa ótima. Na hora de ir até a padaria, não tire o carro da garagem. Vá a pé mesmo. Mexa-se mais!
A gente sabe que empurrar as coisas com a barriga às vezes é quase automático, mas esse hábito não é nada saudável. Procrastinar é deixar para depois, é enrolar, é pensar “ainda tem tempo” a todo o momento. Não interessa se você está evitando fazer alguma tarefa porque não gosta da ideia ou porque a tarefa é chata. Novidade: nem sempre fazemos apenas aquilo que nos agrada.
Então se você tem que fazer alguma coisa, simplesmente vá e faça. Perder tempo reclamando ou procrastinando não vai fazer com que uma solução mágica apareça – na verdade, adiar o inadiável só vai martelar o problema em sua cabeça.
A dica é: faça o que é necessário e depois se permita algum tipo de recompensa, como ouvir uma música que você gosta, fazer alguma caminhada ou qualquer coisa que faça com que você fique menos estressado.
Seja no campo das amizades ou dos relacionamentos amorosos, aprenda a manter relações que não sejam tóxicas. É preciso manter-se longe de quem nos agride psicológica ou fisicamente. Se a pessoa com quem você namora é do tipo que faz críticas a todo o momento, que reforça o quão “incompetente” você é, talvez esteja na hora de rever seu namoro.
Esse tipo de relação acaba com a autoestima da pessoa que é diminuída pelo próprio parceiro ou, talvez, por um amigo ou familiar. Na tentativa de não perder a pessoa amada, muita gente se sujeita aos maus tratos, o que, obviamente, vai prejudicar a saúde mental dessas pessoas.
Se esse é o seu caso, talvez esteja na hora de você procurar ajuda psicológica. Um profissional vai poder ajudar você a sair desse relacionamento tóxico. Você pode também desabafar com alguma pessoa de confiança, um amigo ou alguém da família. Quem conhece a sua história certamente vai saber ajudar.
Sabe aquela pessoa que nunca se atrasa, que trabalha durante um dia inteiro sem esboçar um sorriso, que leva tudo ao pé da letra, que não acha tempo para sair com os amigos ou ir ao cinema? Não que ela esteja errada, mas levar a vida de forma séria demais é prejudicial. Há estudos e pesquisas científicas comprovando que se divertir é saudável, caro leitor.
Então que tal começar assistindo alguma série de humor? De repente, passe mais tempo com seus amigos, faça programas mais descontraídos. Se divertir é necessário.
Aprenda, de uma vez por todas, que se você vai dormir às 2 h da madrugada e acorda às 6 h, certamente sua saúde vai pagar o preço. Uma boa noite de sono vai deixar você de bom humor, mais bem disposto, com energia e, de quebra, vai garantir também a sua saúde física.
Se você dorme mal porque tem insônia ou alguma outra dificuldade que faz com que você não durma, procure ajuda médica. Evite também ficar com o celular ou o computador na cama – isso piora a qualidade de seu sono.
Ter um tempo só para você é fundamental à sua saúde mental – principalmente se sua casa é cheia de gente o tempo todo. Durante alguns minutos do seu dia, faça um esforço para ficar sozinho, relaxando. Vale tudo: de caminhadas a ficar em algum cômodo da sua casa, ouvindo música ou lendo aquele livro novo.
Se você conversa com as pessoas pelo Facebook e acha que essa é uma ótima forma de manter contato, nós temos duas notícias para você. A primeira: essa é apenas uma forma vazia de conversar com alguém. A segunda: felizmente o mundo não é feito apenas de chats de Facebook ou arrobas de Twitter – ainda dá tempo de chamar alguém para conversar pessoalmente. Por mais arcaica que a prática pareça, ela tem resultados valiosos.
A dra. Clay explica que conversas pela internet devem ser vistas apenas como forma de entretenimento: “essas não são conversas verdadeiras que nos permitem entender as pessoas. Em vez disso, diminui nossas experiências e sentimentos”.
A opinião de Clay é compartilhada por muitos especialistas em comportamento, como é o caso de Michael Mantell. De acordo com ele, as conversas por meio de redes sociais impactam nossa habilidade de sentar e conversar com alguém pessoalmente. Que tal mudar isso?
Se na sua bolsa ou mochila está um carregador de celular, um tablet, um iPod e se na sua mão está sempre um celular, esse não é, definitivamente, um bom sinal. A tecnologia nos estimula a todo o momento, o que não é uma boa coisa, pois acabamos nunca descansando de verdade. O excesso de aparelhos eletrônicos em nossa vida pode causar depressão e crises de ansiedade.
Para melhorar a situação a dica é se livrar desses aparelhos pelo menos uma vez por semana. Será que você consegue?
Essa mania de almoçar com o computador ao lado ou twittar enquanto assiste a algum filme é, certamente, prejudicial, principalmente quando levamos esse costume para outras áreas da nossa vida. Pesquisas recentes já revelaram que, por mais que uma pessoa tenha a sensação de ser mais produtivo dessa forma, a verdade é que isso só deixa você irritado, estressado e sem a capacidade de se comunicar com clareza.
Para melhorar a situação, deixe o telefone de lado enquanto almoça; não fique twittando enquanto está em algum evento e tente, sempre que possível, fazer cada coisa de uma vez. Isso vai fazer com que seu cérebro processe melhor cada atividade sem que você chegue ao final do dia com a cabeça explodindo e se sentindo um robô.
E aí, o que você achou dessas dicas? Será que não está na hora de mudar alguns hábitos do seu cotidiano?