Ciência
20/02/2015 às 05:41•2 min de leitura
É inevitável: eventualmente você ficará estressado em algum momento da vida – independente da idade. Pode ser a pressão do vestibular, as contas a pagar, o excesso de trabalho, a entrevista de um emprego importante, entre muitos outros fatores que influenciam diretamente o nosso humor e organismo.
Quando passamos por situações estressantes, o nosso corpo também sofre diversas variações internas – reações que procuram alertar você de que algo está errado e é melhor tomar cuidado. Antes de tudo, é preciso esclarecer: existem dois tipos de estresse – o estresse agudo (efeito rápido) e o estresse crônico (efeito prolongado).
Chateações do dia a dia e preocupações exageradas podem desencadear respostas contínuas de estresse no corpo, ocasionando o efeito prolongado. Nesse caso, o corpo e o cérebro não conseguem reiniciar os hormônios e as substâncias químicas inflamatórias a níveis normais, resultando no enfraquecimento do sistema imunológico e deixando-o mais suscetível a doenças – além de você se sentir constantemente cansado e irritado.
Já as situações de ameaças imediatas desencadeiam respostas de fuga ou de luta. Hoje, vamos focar nas situações de estresse mais extremas, que envolvem algum risco sério a você (como um assalto) – em outras palavras, o estresse agudo. Por exemplo, quando você ouvir ou ver que existe algum tipo de ameaça próximo, sinais nervosos enviam mensagens rápidas ao seu cérebro para deixá-lo mais alerta.
Esses sinais chegam à amígdala cerebelosa (não é aquela da garganta), a região responsável pela tomada de decisões e na regulação das emoções. A amígdala repassa a informação ao hipotálamo, que é o regulador de hormônios do corpo, de modo que cargas de adrenalina são liberadas. Nesse meio tempo, o hipotálamo produz o cortisol, o tal hormônio do estresse.
Quando o cortisol, a adrenalina e outras substâncias químicas entram na corrente sanguínea e viajam pelo corpo, nós começamos a sentir os efeitos do estresse nas situações de perigo. Quase todas as nossas células, sejam de órgãos ou de tecidos, estão repletas de proteínas chamadas receptores de glicocorticoides, que combinam com o cortisol e liberam muito mais açúcar no sangue.
Então o coração acelera e o corpo recebe mais oxigênio, deixando o preparando para lutar ou fugir se for necessário. Nessas situações, tomadas de decisões rápidas são feitas, realmente impulsivas. Somente depois de algumas horas as substâncias do seu corpo são normalizadas, deixando-o calmo novamente.