Artes/cultura
18/11/2015 às 11:02•3 min de leitura
Todo líder deveria ser paciente, ter pulso firme para lidar com os obstáculos e saber guiar sua equipe para o sucesso, não é mesmo? Essa é a fórmula que funcionou durante décadas dentro das empresas de sucesso, porém cada vez mais tem surgido a imagem do chefe que transforma o ambiente de trabalho em um caos justamente para enfrentar as mudanças que estão ocorrendo. Se você está em um lugar assim, saiba que não está sozinho.
Para esse novo jeito de gerenciar as coisas existe até mesmo uma nova palavra: disruptivo. Apesar de ser um aportuguesamento do termo inglês “disruptive” e ainda não constar nos dicionários, ela faz alusão à interrupção dos padrões normais de um processo já estabelecido. Seria quase como “revolucionário”, “agitador” ou “subversivo”, mas com um viés mais corporativo, sempre em busca da inovação.
Alguns estudiosos de grandes corporações dizem que se atualmente se o líder não for disruptivo, existe uma probabilidade muito grande de ele transformar todo o ambiente de trabalho em uma zona de confusão. Muitas empresas já foram referências em alguns setores, mas não souberam se adaptar às mudanças – e elas devem vir de cima na escala gerencial.
Basta você pegar exemplos como a Kodak, a Blockbuster e a Blackberry: até pouco tempo atrás, elas eram referência em seus segmentos, mas as novas tecnologias, junto com a falta de um plano consistente de adaptação, as fizeram praticamente sumir do mapa. Um estudo mostra que 40% das empresas que lideravam o ranking das 500 mais prósperas no ano de 2000 já não existiam mais uma década depois.
No entanto, como identificar se o seu chefe faz parte desse grupo que mudou seu comportamento por conta das pressões corporativas? O CEO Faisal Hoque aponta 5 comportamentos comuns entre essas pessoas:
Aquele líder que fica falando o tempo todo para você ter calma, nos dias de hoje, não é o ideal. As mudanças empresariais forçaram o surgimento de chefes cada vez mais persuasivos e prontos para dizer a verdade doa a quem doer – e isso pode acabar fazendo sobrar pressão sobre você.
Esse choque de realidade faz com que os funcionários entendam que apesar de as mudanças partirem da escala gerencial, é na funcional que elas tomam forma. Quanto mais rápido essas mudanças forem incorporadas, melhor é para toda a empresa.
Às vezes, o líder precisa pegar sua equipe e seguir por um rumo completamente desconhecido e inseguro. Isso gera caos, medo e desconfiança, mas é preciso passar por esses obstáculos sabendo que após a tempestade vem a calmaria.
Claro que nem sempre é fácil direcionar seu barco para o meio de um furacão, e é aí que o verdadeiro líder precisa mostrar o seu dom em envolver todos os funcionários em seu modo de pensar. Saber que o período conturbado é só uma fase e que com a ajuda de todos o barco vai fluir melhor é um dos desafios dessa nova forma de gestão.
É preciso mudar. E é preciso mudar agora! Então, os novos líderes precisam encarar o fato de que nem tudo será um mar de rosas e que o pulso firme precisa ser cada vez mais presente nas decisões.
Tomar atitudes que possuem um propósito mesmo que desagradem a maioria é melhor do que esperar a poeira baixar em busca de uma solução menos caótica para aquele momento. Resta ao líder saber passar essas informações a seus funcionários da maneira mais suave e decidida possível.
Um líder disruptivo deve saber a hora certa de quebrar as regras para enfrentar as mudanças. Claro que isso gera um clima de incerteza e insegurança dentro das empresas, mas essa é a nova “lei” do corporativismo.
Porém, “quebrar as leis” não significa agir na ilegalidade. A regra do jogo está em constante mutação e é preciso que os funcionários saibam quais são as diretrizes das empresas sempre que elas mudarem – e isso pode ser constantemente!
Navegar por águas turbulentas não é fácil, mas depois, quando os objetivos são alcançados, é curioso olhar para trás e ver o mar de incertezas que foi atravessado. O líder atual precisa ter essa característica de prosperar mesmo quando tudo indica que ele vai afundar.
Entretanto, isso não é uma tarefa fácil. Não apenas os perigos comuns ameaçam o seu negócio: novos problemas surgem o tempo todo e é preciso jogo de cintura para achar uma solução rápida para eles. Nessa hora, apostar na experiência e no instinto é um caminho comum desses líderes disruptivos.
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E agora, você ficou mais calmo? Conseguiu identificar em seu chefe algumas características disruptivas ou continua achando ele um tirano sem coração?
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