RH do Facebook explica por que não contrata as pessoas mais inteligentes

23/02/2018 às 09:302 min de leitura

O Business Insider divulgou declarações de Janelle Gale, que trabalha no RH do Facebook e é responsável por recrutar novos funcionários para a empresa.

Quando pensamos nas oportunidades que empresas de porte grande, como é o caso do Facebook, dão para contratar novos funcionários, é normal acreditarmos que, nesse sentido, o que faz a diferença é um currículo que garanta que o candidato ideal é o mais inteligente e mais bem preparado possível, certo?

Acontece que, de acordo com Gale, não é esse o raciocínio dos recrutadores: “Nós procuramos por aprendizes, pessoas que estejam familiarizadas com a aprendizagem rápida, que sejam intelectualmente curiosas, e constantemente à procura de expandir seus conhecimentos”, explicou.

Critérios

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Para Gale, o perfil do candidato ideal é aquele da pessoa curiosa, que busca por feedbacks e que está aberta a receber críticas e sugestões. A empresa leva esse critério a sério, até mesmo porque está sempre à procura das pessoas certas para contratar e manter a boa qualidade de seus serviços.

Não é à toa que o Facebook acabou de ser eleito o melhor lugar para se trabalhar em 2018, com funcionários que só têm elogios a fazer ao ambiente de trabalho.

Gale ressalta que demonstrar interesse em aprender sempre é mesmo um diferencial, mas que os candidatos que chegam querendo bancar os mais inteligentes e intelectuais geralmente não agradam – ou seja: é preciso equilibrar as coisas e falar com sinceridade e autoconfiança em vez de bancar o Sheldon Cooper da tecnologia.

Equilíbrio

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“Se você tem literalmente a pessoa mais esperta da sala, que é a expert em seja lá o que ela faça, e ela não está aberta a aprender, esta é uma grande bandeira vermelha para a gente. Nós precisamos de pessoas que estão buscando incorporar novos comportamentos, novas informações e novos dados em seus repertórios de habilidades”, explicou.

Uma forma de reconhecer essas pessoas que acreditam que sabem de todas as coisas, de acordo com Gale, é perceber se elas se superestimam, se acreditam demais em suas habilidades.

Além disso, os recrutadores do Facebook costumam fazer perguntas sobre os trabalhos recentes dos candidatos, com questões como “O que você tem feito de maneira diferente?” ou “O que você aprendeu durante esse processo?”. Demorar demais para responder ou simplesmente não responder são indicativos de que o entrevistado não está disposto a expandir seus horizontes em termos de aprendizagem.

Basicamente, o candidato ideal é aquele que demonstra certa vulnerabilidade e que parece refletir sobre as coisas, além, é claro, de se mostrar curioso. Ou seja: bancar o espertão não vale de nada; o importante é demonstrar interesse, curiosidade e vontade de aprender. Sempre.

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