As participações mais cruéis dos animais durante os Jogos Olímpicos

03/08/2024 às 20:002 min de leituraAtualizado em 03/08/2024 às 20:00

Os animais fazem parte da história dos Jogos Olímpicos – não apenas os famosos mascotes de cada edição, mas também há os que fizeram e fazem parte das provas ao lado de competidores humanos.

Atualmente, os bichos só participam de eventos sequestres. Mas nem sempre foi assim. Nas Olimpíadas antigas, eles eram muito presentes e foram alvo de muita crueldade. Não por acaso, o sacrifício dos animais nas provas era relativamente frequente.

Corrida de bigas

(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
A corrida de biga era um esporte popular nas Olimpíadas antigas. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

Nas Olimpíadas antigas, por volta de 600 a.C., a corrida de biga era uma modalidade esportiva bem importante. Uma grande plateia se reunia em estádios para assistir à competição, que consistia em uma corrida de carruagens que eram puxadas por cavalos. A condução era feita por aurigas, os "pilotos" profissionais das bigas.

Para ser um atleta desse esporte, era preciso ter muita habilidade, destreza e capacidade física para controlar os cavalos enquanto eles corriam em alta velocidade por curvas apertadas de uma pista oval. Mas a grande atração para as pessoas que assistiam era o risco envolvido no esporte, já que pilotos e cavalos frequentemente se acidentavam e até morriam durante as provas. Um entretenimento bem sinistro.

Tiro ao pombo

(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
O tiro ao pombo era uma prova tão cruel que só durou uma edição dos Jogos Olímpicos. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

Já nos tempos das Olimpíadas modernas, o tiro ao pombo foi um esporte controverso disputado apenas durante as Olimpíadas de Paris de 1900. Na ocasião, nada menos que 300 pombos foram mortos durante a disputa – só os três primeiros colocados da prova abateram quase 80 aves.

O esporte foi muito criticado já naquela época. Por conta disso, nos Jogos Olímpicos de 1908, 1912, 1920 e 1924 a modalidade foi reformulada: a competição passou a ser realizada com pombos de argila.

A morte dos pássaros em 1988

(Fonte: Mental Floss / Divulgação)
Nas Olimpíadas de Seul, milhares de pessoas assistiram à incineração de pombos durante a cerimônia de abertura dos Jogos. (Fonte: Mental Floss / Divulgação)

Durante as Olimpíadas de 1988, em Seul, na Coreia do Sul, houve um episódio triste envolvendo animais. Durante a abertura do evento, os organizadores montaram uma bela e emocionante cerimônia televisionada para milhares de pessoas no mundo todo.

Ocorre que, um pouco antes da etapa final, que envolvia o revezamento da tocha, pombas brancas foram soltas para simbolizar a paz, seguindo uma tradição que havia começado em 1920.

Acontece que algumas pombas ficaram perdidas e resolver parar justamente na beirada do pedestal móvel onde a pira olímpica seria acendida. Como resultado, 11 pássaros foram incinerados imediatamente quando a tocha se acendeu. E, claro, muita gente assistiu à cena ao vivo.

Por consequência disso, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a organização do evento foram alvo de muitos protestos de entidades protetoras dos animais, e nunca mais as pombas foram soltas nessa etapa da cerimônia de abertura. Em 1996, nas Olimpíadas de Atlanta, o comitê resolveu tirar a presença dos pássaros e passar a representá-los de maneira simbólica.

 

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