Ciência
22/03/2018 às 11:00•2 min de leitura
O nome Pedro Rodrigues Filho pode não chamar a atenção de ninguém à primeira vista. No entanto, esse é o nome de umserial killer brasileiro que, antes de pego pela polícia, atuava como uma espécie de Dexter da vida real e foi responsável por matar pelo menos 70 pessoas (possivelmente mais de 100). Também conhecido como “Pedrinho Matador” — o apelido talvez soe mais familiar —, ele fez 10 de suas vítimas antes de completar os 18 anos de idade.
Pedro nasceu em 1954, em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, e já veio ao mundo com a cabecinha toda macucada e ligeiramente deformada devido às surras que sua mãe, grávida, levava de seu pai. E a infância dele, como você bem pode imaginar pelo ambiente de extrema violência em que ele foi concebido, não foi nada fácil.
O primeiro assassinato foi cometido quando ele tinha apenas 14 anos, tendo como vítima o vice-prefeito da cidade. E o que esse cara fez para merecer a morte? O pai de Pedrinho trabalhava como vigia em uma escola local e foi demitido depois de ser acusado — injustamente, segundo a família — de roubar comida. Pedro não titubeou e atirou contra o homem diante da prefeitura de Santa Rita e foi atrás de sua próxima vítima: o verdadeiro ladrão do colégio.
(Wikimedia Commons)
Depois, Pedrinho resolveu fugir de Minas e foi parar na Grande São Paulo, na região de Mogi das Cruzes, onde ele continuou “caçando” pessoas que, de acordo com seu julgamento, eram do mal. Foi nessa época em que ele começou a roubar em bocas-de-fumo e matar traficantes e, entre um assassinato e outro, o Dexter da vida real acabou se apaixonando por uma mulher chamada Maria Aparecida Olympia, que era viúva de um dos líderes do tráfico.
No entanto, Maria acabou sendo executada e, Pedrinho, revoltado, começou a perseguir, capturar, torturar e matar cada um dos envolvidos. Após terminar, Pedro deixou sete mortos — entre eles, o mandante do crime — e 16 feridos. A próxima vítima foi o próprio pai que, coincidentemente (ou por azar), se encontrava preso em uma das cadeias de Mogi das Cruzes.
(L’Antre de Bloodwitch)
O homem foi preso depois de matar a mãe de Pedrinho a golpes de facão, e o serial killer foi até a cadeia, matou o pai a facadas, arrancou seu coração do peito e chegou a mastigar um pedaço. Foi então que Pedro, condenado a mais de 120 anos de prisão, foi parar atrás das grades — e sua veia de assassino-vingador aflorou de vez.
Em sua longa lista de vítimas constam traficantes, estupradores, ladrões, assassinos e toda classe de bandido. Segundo as estimativas, Pedrinho “Dexter” Matador deu fim a pelo menos 47 pessoas enquanto se encontrava na prisão — e, graças ao extenso currículo, um juiz teria aumentado sua pena a 400 anos de cadeia.
(L’Antre de Bloodwitch)
Contudo, como você sabe, o Código Penal brasileiro proíbe que um detento cumpra mais de 30 anos. Sendo assim, em 2007, depois de passar 34 anos de sua vida preso, Pedrinho foi posto em liberdade. Só que sua vida como homem livre não durou muito, pois, segundo algumas fontes que encontramos, ele teria sido encarcerado novamente — por acusações de cárcere privado e motim — em 2011, e deve terminar de cumprir sua pena no ano que vem.