Saúde/bem-estar
30/03/2021 às 07:00•2 min de leitura
A "serial passageira clandestina" Marilyn Hartman, de 69 anos, foi presa no último 16 de março por tentar embarcar em um voo sem pagar. A mulher foi detida no Aeroporto Internacional O'Hare, em Chicago, EUA, acusada de violar a liberdade condicional que cumpria em uma casa de recuperação, e já coleciona mais de cinco prisões pelo mesmo motivo e dezenas de viagens gratuitas, incluindo tentativas fracassadas e com sucesso.
Em entrevista à CNN, o Gabinete do Xerife do Condado de Cook comunicou que soube da fuga de Marilyn por volta do meio-dia de terça-feira (16), quando foi informado por responsáveis pelo abrigo em que a mulher estava hospedada. Graças ao monitoramento digital que estava instalado em seu corpo, policiais conseguiram detectá-la no Terminal 1 do aeroporto cerca de uma hora depois de seu desaparecimento, realizando a detenção imediata.
(Fonte: Departamento de Polícia de Chicago / Reprodução)
No dia 18 de março, Marilyn foi levada ao Tribunal do Condado de Cook para prestar esclarecimentos e realizar sua defesa ao lado de seu advogado Parle Roe-Taylor. Devido às acusações, a americana foi condenada a pagar US$ 100 mil em multa pela fuga e teve sua prisão inafiançável decretada por violação de condicional, com possibilidade de recorrer até o dia 7 de abril, data em que está marcada sua última sessão no tribunal.
Em declaração, Roe-Taylor afirmou que sua cliente vem combatendo problemas de saúde mental há anos, chegando a ser considerada portadora de transtorno bipolar e incapaz de prosseguir processo criminal, quando foi presa pela primeira vez, em 2014.
"Ela continua a lutar como uma pessoa sem-teto dentro de um sistema que não foi projetado para abordar adequadamente os problemas de saúde mental que a Sra. Hartman apresenta. Até esta prisão, a Sra. Hartman estava estável durante o último ano e meio, cooperativa e sem incidentes", escreveu Parle Roe-Taylor. "Infelizmente, a recaída faz parte do que acontece às vezes durante o tratamento. As recaídas devem ser tratadas através do tratamento, e não punitivamente."
Segundo Marilyn, suas viagens clandestinas começaram em 2002, quando embarcou sem custos para Copenhague, na Dinamarca. Desde então, sua ficha já registra quase uma dezena de notificações, advertências, multas e prisões, resultando em internamento com monitoramento domiciliar no abrigo A Safe Haven.