Ciência
14/06/2021 às 08:00•2 min de leitura
Os dirigíveis estão de volta. Após um terrível acidente em 1937, a ideia foi retomada em 2010 sob encomenda do exército norte-americano. Porém, depois de muitas idas e vindas, o projeto foi assumido pela Hybrid Air Vehicles (HAV) do Reino Unido.
Recentemente, a HAV divulgou imagens conceituais do seu próximo dirigível, o Airlander 10, que tem 91 metros de comprimento e 34 metros de largura, com capacidade para acomodar confortavelmente 100 pessoas. E conforto aqui quer dizer janelões do chão até o teto, e espaço para as pernas como se estivessem todos na classe executiva.
Fonte: Hybrid Air Vehicles/Divulgação
A expectativa é de que a aeronave, que é um híbrido entre avião, dirigível e helicóptero, possa estar totalmente operacional até 2025. A HAV garante já ter um cliente interessado, a empresa de viagens sueca OceanSky Cruises, que irá oferecer viagens ao Polo Norte.
Falando ao site Live Science, o diretor técnico da HAV, Mike Durham, explica que o grande diferencial do Airlander 10 é a redução da pegada de carbono em até 10 vezes quando comparado a um voo convencional. E o tempo que você fica a mais no ar é compensado pela qualidade da viagem, garante ele.
Fonte: Hybrid Air Vehicles/Divulgação
A promessa da HAV é real: embora os aviões gerem um forte impulso na decolagem, o Airlander revela-se muito mais ecológico do que um avião de passageiros comum, pois depende apenas de um balão gigante de gás hélio para se manter no ar.
E uma vez que isso acontece, o dirigível necessita apenas de quatro hélices, uma em cada canto da aeronave, para ser empurrado. Nessa primeira geração, duas dessas hélices serão movidas por motores a querosene, e as outras duas, por dois motores elétricos, que prevalecerão em uma versão futura do Airlander.
Fonte: Hybrid Air Vehicles/Divulgação
Se você considerar as janelas panorâmicas do chão ao teto, e a altitude de cruzeiro (3 mil metros), perceberá que as paisagens são espetaculares. E, como o casco gigante cheio de hélio separa totalmente os motores da cabine, há pouquíssima vibração e quase nenhum ruído. Sem contar que essa aeronave não é afetada pela turbulência. É só paz.