6 ingredientes bizarros em fast food que você nem suspeitava

26/02/2012 às 05:153 min de leitura

Não faltam lendas acerca dos lanches de cadeias famosas de fast food. Uma das mais conhecidas é o fato de que um sanduíche muito popular tinha seu hambúrguer produzido com minhocas. Dizem as más línguas que foi esse boato que levou algumas empresas a ostentarem um aviso na embalagem de alguns produtos: produzido com carne 100% bovina.

Independentemente da imaginação e da criatividade popular, o fato é que muitos ingredientes desse tipo de lanche são extraídos de matérias primas que podem facilmente ser classificadas como bizarras. Quer alguns exemplos? Confira a lista a seguir!

1. Amo muito pena de pato

Pena de pato e cabelo humano fornecem ingrediente para massas (Fonte da imagem: Scienceray)

A cisteína é um aminoácido usado pela indústria de alimentos para amaciar a massa de pastéis e outros produtos alimentícios, além de servir como realçador de sabor em alimentos para humanos e ração de cachorros.

Normalmente, essa substância é extraída de uma molécula conhecida como L-cisteína. Até aí, tudo bem, nada de esquisito. Mas o fato é que esse componente é produzido comercialmente a partir da quebra de proteínas presentes em penas de patos, cabelos humanos e até pelos de porcos.

O consumo de um ingrediente derivado de cabelos humanos levanta questões éticas polêmicas, chegando a questionar a possibilidade de isso ser uma forma de canibalismo. Por isso, empresas como Ajinomoto e Wacker Biochem têm trocado fontes naturais de cisteína pelo meio de produção sintético, a partir da fermentação produzida por micróbios específicos.

Em depoimento para o The Vegetarian Resource Group, o McDonald’s afirmou que usa a substância na famosa tortinha com recheio quente de maçã, mas ressalta que apenas a L-cisteína retirada de penas de patos é comprada pela empresa.

2. Delicioso sabor de areia

O dióxido de silício deixa a carne do chilli sempre solta e macia (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)

Seja na praia ou no playground, todo mundo sabe que deve cuidar para que o lanche não caia na areia. Mas o que pouca gente tem ciência é o fato de que certos molhos podem levar dióxido de silício (sílica), composto químico que, na natureza, existe em forma de areia e quartzo.

Além de ser usada na produção de vidro, fibra óptica, cerâmica e cimento, a sílica também é adicionada ao chilli da rede de fast food Taco Bell. O ingrediente faz com que a carne usada no molho não se aglomere, continuando soltinha e macia. No site da empresa, há um aviso: apenas 2% de dióxido de silício é usado no preparo.

3. Lanche com sabor de madeira

Retirada da madeira, a celulose deixa seus lanches menos gordurosos (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)

Sempre gostou do desenho do Pica-Pau? Pois saiba que você também pode estar triturando madeira na praça de alimentação do shopping. A celulose, polpa produzida a partir de madeiras e fibras vegetais naturais, é usada pela indústria alimentícia em diversos produtos, como queijo, molho para saladas e até xarope de morango. O objetivo é substituir a gordura e aumentar o conteúdo, diminuindo assim o uso de ingredientes mais caros, como óleo e farinha.

Por mais engraçado que pareça, a preocupação cada vez mais crescente sobre os hábitos alimentares está fazendo com que o uso de celulose em produtos alimentícios aumente, já que dessa forma as guloseimas se tornam menos gordurosas e fornecem mais fibras.

4. Batata frita de silicone

Um dos brinquedos mais populares dos Estados Unidos é uma massinha de modelar batizada de Silly Putty. Como é feita a partir de um polímero de silicone, essa massa possui algumas características bastante divertidas, como o fato de quicar como uma bola de borracha.

Mas uma forma de silicone conhecida como Polidimetilsiloxano ― usada tanto em cosméticos quanto na Silly Putty ― também pode ser encontrada em muitos produtos fritos de cadeias de fast food. De acordo com o PDF em inglês divulgado pelo McDonald’s, as batatas fritas vendidas pela rede são um dos produtos que fazem uso da substância para evitar a formação de bolhas durante a fritura.

5. Conservante a base de petróleo

O conservante terc-butil hidroquinona (TBHQ) é um composto feito a base de petróleo e que pode ser encontrado em cosméticos e produtos para a pele, além de verniz, resinas e frango empanado. Os famosos McNuggets e mais dezessete produtos da mesma rede usam o TBHQ no óleo de fritura para mantê-lo fresco por mais tempo. A informação está presente no mesmo PDF divulgado pela empresa.

O componente foi aprovado para consumo humano pelo Food and Drugs Administration depois da pressão feita pela indústria alimentícia. Porém, há um limite a ser seguido: 0,02% do total de gordura e óleo de um alimento. Por que tão baixo? Basicamente, podemos dizer que 5 gramas de TBHQ seria letal para o ser humano, enquanto 1 grama seria o suficiente para causar vômito, náusea e até desmaios.

Mas pode ficar tranquilo! De acordo com o Instituto de Química do Canadá, seria necessário comer quase 5 quilos de McNuggets para morrer de intoxicação por terc-butil hidroquinona.

6. Insetos deliciosos

As fêmeas desse simpático inseto servem de corante para produtos diversos (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)

Desconfie dos alimentos avermelhados. A razão? O corante mais famoso dessa cor, o carmim, é produzido a partir das fêmeas de um pequeno inseto conhecido como cochonilha, que são desidratadas e esmagadas para dar origem ao produto que é usado em carnes, salsichas, marinados, biscoitos, sobremesas, geleias, gelatinas, bebidas e outros alimentos.

Para saber se um lanche foi colorizado com esses bichinhos, basta procurar na lista de ingredientes por um dos nomes usados pela indústria para se referir ao corante, como extrato de cochonilha, carmim, vermelho natural 4, C.I. 75470 ou E120.

Uma delícia, não?

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