Adoecer com frequência aumenta o risco de desenvolver demência?

12/04/2023 às 12:002 min de leitura

Você já deve ter ouvido falar que ter uma boa saúde é importante para manter um envelhecimento saudável. Mas uma nova pesquisa sugere que adoecer com frequência pode nos afetar ainda mais do que se pensava anteriormente: pode aumentar o risco de desenvolver demência ou outras formas de declínio cognitivo.

O estudo

Camundongos que sofreram com infecções tiveram a saúde cerebral afetada. (Fonte: Getty Images)Camundongos que sofreram com infecções tiveram a saúde cerebral afetada. (Fonte: Getty Images)

De acordo com um estudo recente feito com camundongos, experiências repetidas de inflamação moderada, como as causadas pela gripe ou um resfriado, podem causar déficits cognitivos e afetar a comunicação entre neurônios. Os camundongos do estudo foram expostos a inflamações intermitentes, e mesmo sendo adultos em idade média e com habilidades cognitivas intactas, depois das infecções, eles se lembravam menos e suas células cerebrais funcionavam de forma menos eficiente.

Elizabeth Engler-Chiurazzi, professora assistente de neurocirurgia na Escola de Medicina da Universidade de Tulane e autora principal do estudo publicado no jornal Brain, Behavior and Immunity, afirma que a pesquisa teve como objetivo descobrir se as diferenças na experiência de infecção poderiam explicar as diferenças nas taxas de demência na população.

Os efeitos disso em humanos

Humanos estão suscetíveis a muitas infecções ao longo da vida. (Fonte: Getty Images)Humanos estão suscetíveis a muitas infecções ao longo da vida. (Fonte: Getty Images)

Embora os camundongos tenham sido expostos a uma quantidade muito menor de inflamação do que a maioria dos humanos experimenta ao longo da vida, os resultados da pesquisa ainda são surpreendentes, já que eles sugerem que, em humanos, o impacto pode ser ainda mais significativo. Isso porque os déficits cognitivos causados pela inflamação intermitente em humanos podem passar despercebidos em suas vidas diárias, mas com o tempo, podem se acumular e afetar negativamente o cérebro ao longo do envelhecimento.

Além disso, esses indícios são especialmente relevantes considerando o contexto da pandemia de covid-19 e as pesquisas em curso sobre os efeitos pós-covid.

Ainda há muito a ser descoberto sobre por que as infecções afetam o cérebro e como mitigar seus efeitos. Mas o estudo sugere que manter a saúde em dia é crucial para proteger o cérebro e prevenir o declínio cognitivo.

Hábitos que ajudam a manter a saúde do cérebro

Praticar exercícios físicos ajuda a evitar a demência. (Fonte: Getty Images)Praticar exercícios físicos ajuda a evitar a demência. (Fonte: Getty Images)

Algumas medidas simples podem ajudar a manter a saúde do cérebro. Primeiramente, é importante adotar uma dieta equilibrada e rica em nutrientes. Além disso, manter-se hidratado e evitar o consumo excessivo de álcool também são importantes para a saúde cerebral.

Outro hábito saudável é manter a mente ativa, seja por meio de atividades intelectuais, como leitura e jogos, ou de exercícios físicos que envolvam coordenação e equilíbrio. Além disso, é importante controlar fatores de risco para doenças cardiovasculares, como hipertensão, diabetes e colesterol elevado, que também podem afetar a saúde cerebral. 

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