Estilo de vida
17/10/2014 às 06:04•4 min de leitura
O Próxima Parada de hoje já começou e viajaremos até um território bastante distante de nós, composto mais por água do que por terra.
Estamos falando da Polinésia Francesa (ou Polynésie Française), esse território ultramarino essencialmente vinculado à França localizado em pleno Oceano Pacífico, na Oceania, e que é composto por dezenas de ilhas paradisíacas. Que tal viajar virtualmente conosco e descobrir muitas informações curiosas sobre essas fantásticas ilhas e seus povos?
Esse belo território consiste em exatamente 118 ilhas de origem vulcânica ou coralina distribuídas em uma área aquática maior do que os estados brasileiros do Amazonas e do Pará juntos. Entretanto, as massas somadas dessas ilhas não totalizam nem o tamanho do Distrito Federal – então sim, esse é um país pequeno, apesar de estar espalhado em um território enorme. A população de todas as ilhas é de aproximadamente 280 mil habitantes.
A maior de todas as ilhas e a mais conhecida é a do Taiti, que também é a mais densamente povoada do arquipélago. Por ter recebido influências diretas da França e hoje ser um local vinculado ao país europeu, o idioma oficial de todas as ilhas é o francês e a religião predominante é o cristianismo, apesar de somente 12% da população ser composta por europeus – 78% são polinésios nativos e 10% asiáticos. Por isso, em muitas ilhas diversas outras línguas e dialetos também são falados.
As ilhas polinésias foram um dos últimos lugares do mundo a serem habitados pelo homem. Acredita-se que a Grande Migração Polinésia aconteceu 1000 anos a.C e que durante os séculos os arquipélagos foram lentamente sendo habitados. Esses povos eram compostos por conjuntos de tribos do sudeste asiático que possuíam um excelente senso de navegação e que se guiavam através do movimento das ondas.
Diversas ilhas famosas também foram inicialmente descobertas e habitadas pelos polinésios, como a Nova Zelândia, o Havaí e a Ilha de Páscoa. O primeiro contato com os europeus ocorre depois do ano 1500, quando o explorador português Fernão de Magalhães chegou às ilhas ocidentais. Nos anos seguintes diversas outras ilhas foram descobertas por espanhóis e portugueses, que mantiveram os achados em segredo para evitar disputas entre os poderios europeus – o que não deu muito certo, já que holandeses, ingleses e franceses também encontraram os demais arquipélagos décadas depois.
Contudo, foi com os franceses que os polinésios estabeleceram um relacionamento maior, predominante até os dias atuais. Diversos arquipélagos foram reivindicados por esses europeus, sendo que eles fundaram cidades como Papeete, capital do Taiti e maior cidade polinésia, e enviaram missionários católicos para a região.
O grupo total de ilhas não foi unificado até o estabelecimento do protetorado Francês em 1889. Hoje, todos os polinésios possuem cidadania francesa e podem ir à França livremente. É interessante lembrar que os franceses realizaram diversos testes nucleares nos atóis mais afastados nas décadas de 70 e 80, o que rende boas histórias do que podemos encontrar no fundo dessas águas. Devido à forte pressão de organizações internacionais, os testes cessaram por completo.
As regiões da Polinésia Francesa são definidas em cinco grupos de ilhas: Marquesas, Tuamotu, Gambier, Tubai e Sociedade. Entre os destaques, estão as ilhas e os atóis de Bora Bora (que serviu de base militar para os americanos na Segunda Guerra Mundial), Taiti (ilha mais populosa), Maiao, Maupiti, Moorea (com as montanhas mais bonitas), Tahaa, Tupai, Rangiroa, entre outros. Bora Bora e o Taiti são os destinos mais badalados dos turistas, apesar de as demais ilhas também oferecerem muitas atividades.
O turismo é a principal fonte de renda do país, sendo que as exportações de pérolas também se destacam. As taxas de criminalidade são praticamente inexistentes nas ilhas, já que os habitantes possuem um relativo alto padrão de vida, especialmente nas regiões mais habitadas.
Quase todas elas possuem resorts e hotéis de luxo, sendo que o isolamento geográfico, as belezas naturais, o ecoturismo, os mergulhos em águas claríssimas e o relaxamento que esses locais proporcionam estão entre os principais motivos de turistas irem ao país. O transporte entre as ilhas ocorre em pequenos aviões e embarcações nas distâncias menores.
A cordilheira vulcânica submersa do Pacífico só exibe alguns de seus picos que passam do nível do oceano, o que confere às ilhas um aspecto único – pequenas formações rochosas no meio do mar azul. Graças a essas formações geológicas, as águas ao redor dessas ilhas são muitíssimo transparentes e mansas, com variações do tom de azul. É comum que muitas pessoas realizem casamentos ou viagem à Polinésia Francesa em Lua de mel – e o país é bem preparado para receber esse público, com inúmeros pacotes para casais apaixonados.