Esportes
13/05/2014 às 09:52•2 min de leitura
Não faz muito tempo que o resveratrol – um antioxidante presente no vinho tinto e no chocolate amargo – ganhou popularidade em diferentes partes do mundo. Desde então, estima-se que somente nos Estados Unidos as pessoas passaram a gastar cerca de 30 milhões de dólares por ano em suplementos que contenham a substância.
Buscando a prevenção do câncer e de doenças cardíacas e o combate do envelhecimento, as pessoas também passaram a consumir maiores quantidades de vinho e chocolate. Porém, um novo estudo revelou que o resveratrol não é exatamente o segredo para a juventude como todos imaginavam.
Mas não é preciso entrar em pânico. A descoberta divulgada ontem na mídia internacional não aponta que esses dois produtos precisam ser excluídos da dieta – ela busca apenas nos mostrar que não existe uma substância milagrosa capaz de recuperar o tempo perdido e garantir uma vida saudável.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e da Universidade de Barcelona, na Espanha, analisaram 783 homens e mulheres de 65 anos ou mais. Todos eram moradores da região de Chianti, na Itália, onde o consumo de vinho tinto é considerável.
Através de amostras de urina, os cientistas mediram os níveis de resveratrol a cada 24 horas ao longo de nove anos. Os dados obtidos mostraram que os níveis de resveratrol não tinham influência suficiente nos casos de doenças do coração, câncer, inflamações e até mesmo da longevidade.
Mas então de onde veio a informação de que o antioxidante traria tantos benefícios à saúde? O “Paradoxo Francês” – que deu início a toda à febre em torno do vinho tinto há alguns anos – é uma hipótese que defende que a ingestão de resveratrol através do consumo elevado de vinho explica porque os franceses têm baixos índices de doenças cardiovasculares, mesmo com uma dieta rica em alimentos gordurosos.
A nova pesquisa não tem como objetivo derrubar o “Paradoxo Francês”, até porque não deixa de considerar que o vinho tinto e o chocolate amargo têm muitos outros benefícios para oferecer ao organismo.
Porém, os resultados nos mostram claramente que a ingestão de suplementos ou o exagero no consumo de vinhos e chocolates são apenas um investimento sem retorno. De acordo com os especialistas, o que realmente pode fazer a diferença no combate às doenças e ao envelhecimento é uma dieta saudável e a prática regular de exercícios.