Ciência
02/01/2025 às 18:00•3 min de leituraAtualizado em 02/01/2025 às 18:00
Christopher Scarver é um sujeito de 55 anos que ficou conhecido por um acontecimento terrível: foi ele quem assassinou o serial killer Jeffrey Dahmer na prisão. Isso aconteceu em 1994, quando ele recebeu a tarefa de limpar o ginásio com outros dois internos da Columbia Correctional Institution em Portage, Wisconsin.
Mais tarde, Scarver alegou que ele teria recebido uma missão de Deus: matar os outros dois internos. Esta é a sua assustadora história.
Christopher Scarver foi condenado à prisão perpétua por ter assassinado seu ex-chefe durante um assalto em 1990. Depois que ele matou dois colegas de prisão – Jeffrey Dahmer e Jesse Anderson – Scarver foi novamente julgado e recebeu mais duas sentenças de prisão perpétua.
Nascido em 6 de julho de 1969, em Milwaukee, Wisconsin, Christopher Scarver é o segundo de cinco filhos. Ainda na adolescência, ele largou a escola e foi expulso da casa de sua mãe porque abusava do álcool e fumava muita maconha.
Por um tempo, Scarver tentou ajustar a sua vida, e conseguiu um estágio como carpinteiro em um programa que arranjava trabalho para jovens vulneráveis. Mas ele não conseguiu ser efetivado no cargo, o que fez se afundar ainda mais no alcoolismo.
Foi por voltar dessa época que Christopher Scarver começou a ouvir vozes. Segundo ele, eram vozes que pertenciam a toda uma família — uma mulher, um homem, uma garotinha e um garotinho — que falavam com ele e diziam que ele era o "escolhido". Estas informações foram publicadas em um perfil sobre ele na The New York Times.
Nessa época, ele bebia muitas cervejas e fumava pelo menos quatro baseados todos os dias. No seu julgamento, o psicólogo William Crowley, que havia sido nomeado para fazer uma avaliação do réu, disse que Scarver "começou a remoer sua perda de emprego. Ele sentiu que havia conotações raciais envolvidas".
Em uma das sessões de terapia, Scarver disse a Crowley: "Nada que os brancos fazem aos negros é justo". Em especial, ele julgava que seu antigo chefe, John P. Feyen, era a causa de todos os seus problemas. Foi por conta dessa raiva que tinha por ele, somada às vozes que escutava em sua cabeça, que Scarver o matou.
Em 28 de novembro de 1994, Christopher Scarver recebeu a tarefa de limpar o ginásio da prisão junto com Jeffrey Dahmer e Jesse Anderson. Mais tarde, em uma entrevista, Scarver revelaria que detestava Dahmer e seu histórico de canibalismo. Diria ainda que odiava como o serial killer fazia suas refeições na prisão parecerem membros decepados quando ele comia, usando ketchup como "sangue". "Ele cruzou a linha com algumas pessoas — prisioneiros, funcionários da prisão. Algumas pessoas que estão na prisão estão arrependidas — mas ele não era uma delas", falou.
Dahmer costumava ser acompanhado por pelo menos um guarda, já que era conhecido por provocar seus companheiros de cela. Na hora da limpeza, enquanto Scarver enchia um balde de esfregão com água, Dahmer ou Anderson o cutucaram nas costas.
Por conta dessa suposta brincadeira, Scarver seguiu Dahmer em direção a um vestiário, e pegou uma barra de metal de um equipamento de exercícios ao longo do caminho. Ao confrontar Dahmer, Scarver questionou se ele havia realmente cometido aqueles crimes horríveis.
Indignado, Christopher Scarver usou a barra de metal para espancar e matar Jeffrey Dahmer até a morte. Fez o mesmo com Jesse Anderson, um homem que havia sido preso depois de matar a esposa e tentar colocar a culpa em dois homens negros. Mais tarde, Scarver o descreveria como um racista, e que por isso deveria também morrer.