Artes/cultura
08/02/2016 às 11:28•3 min de leitura
A espionagem é uma prática muito, muito antiga. Hoje em dia, ao pensar em um espião profissional, nossas cabeças são automaticamente bombardeadas com imagens de filmes como “007” e “Missão: Impossível”, com seus agentes usando gadgets futuristas para concluir suas missões. Obviamente, nem sempre as coisas funcionaram desse jeito. Nesta matéria, você verá alguns gadgets curiosos, bizarros e improvisados que já foram usados ao longo da História para fins de espionagem.
Muito utilizada durante a Revolução Americana de 1776, as tintas invisíveis nada mais eram do que uma mistura de sulfato ferroso e água. As mensagens sigilosas costumavam ser escritas entre as linhas de um documento qualquer, e o destinatário precisava aquecer o papel (ou molhá-lo com um reagente químico) para conseguir lê-las.
Em plena era digital, criptografar uma mensagem é algo tão simples quanto clicar em um botão antes de enviar um email para seus amigos. Durante o século 15, porém, era necessário usar esses portáteis discos criptográficos para decifrar as mensagens enigmáticas trocadas entre as tropas estadunidenses. Ficaram muito famosos durante a Guerra Civil Americana.
Esse aparato se parecia com um batom comum, mas, na verdade, era uma pistola capaz de disparar projéteis de 4,5 mm. Foi um item comum durante a Guerra Fria, frequentemente usado pelos agentes do Comitê de Segurança do Estado da União Soviética (KGB). Um exemplar ainda pode ser visto no Museu Internacional da Espionagem, nos EUA.
Acredite ou não, mas os agentes da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) costumavam andar com cápsulas armazenadas no ânus. Esses contêineres retais armazenavam pequenas facas, espátulas de ferro e até mesmo serrinhas – itens que poderiam ser usados para possíveis fugas de prisões ou cativeiros, por exemplo.
Quem teve a ideia foi a Agência de Serviços Estratégicos (OSS), que hoje é considerada a precursora da CIA. Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo estadunidense encomendou pelo menos mil unidades desse aparato curioso. O mais interessante ainda é saber que foi a Kodak que o fabricou. Aliás, além de caixinhas de fósforos, câmeras também foram escondidas em relógios de pulso, anéis e binóculos.
Eles ainda são comuns nos dias de hoje, mas você provavelmente os utiliza para recarregar a bateria de seu smartphone. Durante a Segunda Guerra Mundial, porém, esses aparatos eram empregados para energizar rádios, permitindo que os soldados e espiões se comunicassem com sua equipe mesmo em localidades sem energia elétrica.
Mais uma bizarrice vinda diretamente da Segunda Guerra Mundial. O espião podia se sentar em uma mesa e fingir que estava desfrutando de deliciosos biscoitos amanteigados, quando, na verdade, ele estava repassando informações sigilosas para seus superiores por um rádio. Existiam equipes inteiras dedicadas exclusivamente a projetar o melhor desenho de lata para esconder esses trecos.
Se você não se impressionou com o Beijo da Morte, talvez se interesse por este item igualmente curioso e mortal. Ao ser preso nos Estados Unidos em 1954, o agente soviético Nikolai Khokhlov teve que entregar todos os seus brinquedinhos de espião para as autoridades norte-americanas. O mais impressionante era um maço de cigarros que, na verdade, era uma arma capaz de disparar balas envenenadas com cianeto.
Esse item era comumente utilizado por espiãs durante a Guerra Civil Americana. Quem popularizou o uso incomum do produto foi Rose O'Neal Greenhow, que fazia parte d’A Confederação. Ela empregava seu leque para enviar mensagens em código Morse para outros agentes em seu redor. Criativo, não é mesmo?
Durante a década de 60, era recomendado tomar cuidado ao conversar com alguém que estivesse tomando um martíni, clássico drinque preparado com gim e vermute seco. Isso porque havia a possibilidade de que a azeitona – ingrediente icônico inserido para decorar a bebida – fosse um microfone disfarçado, transmitindo toda a conversa pela antena travestida como um palito de dente.
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