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02/09/2016 às 11:17•1 min de leitura
Você provavelmente conhece ou já ouviu falar do diabo-da-tasmânia, o maior marsupial carnívoro do mundo, nem que seja apenas através do personagem Taz, da Looney Tunes. O que muita gente não sabe é que, apenas nos últimos 20 anos, a população desse animal caiu mais de 80% devido a um tipo de câncer exclusivo da espécie.
Mas um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade da Tasmânia, na Austrália, traz fortes evidências de que a evolução pode salvar esses bichos. Isso porque os poucos indivíduos imunes a doença são exatamente aqueles com mais chances de se reproduzir e espalhar os genes responsáveis por aumentar a imunidade ao câncer.
A doença se espalha pelo rosto dos animais, formando tumores e matando praticamente todos os infectados em menos de seis meses, o que levou muitos especialistas a acreditar que os diabos seriam extintos nos próximos anos.
O curioso do caso é que, diferente de quase todos os tipos de câncer, este aqui é transmitido através de mordidas na pele, o que facilitou a sua disseminação.
Para chegar à descoberta atual, a equipe liderada pelo cientista Brendan Epstein analisou o genoma de 294 indivíduos vindos de regiões diferentes da ilha. A partir daí, eles perceberam que os animais de locais que mais resistiam ao câncer tinham genes responsáveis por aumentar a imunidade e diminuir o risco de contrair a doença.
O achado é uma ótima notícia para esse bichinho, símbolo da ilha da Tasmânia, que parecia condenado à extinção. A esperança agora é de que ele continue evoluindo até possivelmente erradicar esse câncer.