Artes/cultura
12/01/2015 às 07:16•3 min de leitura
Aranhas em si, mesmo aquelas pequenas e aparentemente inofensivas, já costumam causar medo nas pessoas. As tarântulas então, grandes e peludas, dão um pavor imenso. Também conhecidas como caranguejeiras, esses aracnídeos da família das aranhas são verdadeiros monstros aos olhos de muita gente, e não é para menos, pensando-se em sua aparência.
Porém, existem muitas curiosidades sobre esses animais que podem causar interesse até mesmo em quem tem aracnofobia no nível máximo. Você sabia, por exemplo, que eles não são tão venenosos e que até uma abelha pode ser mais perigosa? Ou que a mordida de uma tarântula pode doer muito, mas não é tão prejudicial?
Segundo a National Geographic, as tarântulas são criadas como animais de estimação em diversos lugares do mundo há bastante tempo. Quer saber outros fatos sobre esse bicho tão estranho e assustador? Apresentamos 5 deles para que você conhecer e, quem sabe, mudar o seu conceito sobre esses aracnídeos que podem ser bem interessantes.
É muito injusto falar que todas as aranhas são iguais e possuem a mesma dimensão. A sua cor e o seu tamanho muda bastante conforme a espécie e a localização em que vivem. Da ponta da perna dianteira até o final da traseira, a tarântula pode ter de 11 até 28 centímetros de comprimento. O seu peso também varia entre 28 e 85 gramas.
A coloração é bastante diversificada, mudando entre marrom ou preto, mas algumas espécies são coloridas ou listradas. Segundo Jo-Anne Nina Swelal, aracnologista da Universidade das Índias Ocidentais, a característica mais marcante das tarântulas são as pernas e corpo repletos de pelos eriçados que irritam quando em contato com a pele.
Outra coisa bastante interessante é o fato de que elas trocam seus exoesqueletos para poderem crescer, substituindo também os órgãos internos, inclusive genitália feminina ou revestimento estomacal. Normalmente elas são pequenas, mas, quando ameaçadas, esticam suas pernas no ar, dando a impressão de serem maiores do que são.
Segundo a National Wildfire Federation, existe uma grande diferença na estimativa de vida das tarântulas de acordo com o sexo. Os machos vivem em torno de 7 anos, enquanto as fêmeas podem ter uma vida muito mais longa, de aproximadamente 30 anos.
Elas são encontradas principalmente nas áreas tropicais, subtropicais e zonas desérticas, sendo esses lugares localizados principalmente na América do Sul. Nos Estados Unidos, é possível encontrá-las em estados do sudoeste do país.
A taxonomia das tarântulas foi divulgada pelo Sistema de Informação Integrado Taxonômico (ITIS):
Como a maioria já sabe, as tarântulas são carnívoras, se alimentando principalmente de insetos, embora algumas delas comam também espécies pequenas de lagartos, sapos e ratos. E, diferente de outras espécies de aranhas que nós já conhecemos, as tarântulas não usam teias para capturar suas presas. Então, como isso é feito?
Elas revestem o alimento com uma seda para que as vítimas não fujam. Se a tarântula não tocar no animal, ele pode virar uma toca ou formar uma pedra, segundo o Jardim Zoológico de San Diego. Elas também podem matar as presas com as mandíbulas, soltando enzimas digestivas para diluir o corpo e poder comer a refeição tranquilamente.
Antes do acasalamento, o macho cria uma teia pequena e deposita seu esperma ali. Depois disso, ele esfrega-se na rede, carregando seu material em seu corpo. Aí procura a fêmea utilizando os feromônios como guia e, quando acha, bate o pé para alertá-la de sua presença. Ela pode ou não se interessar pelo sexo oposto.
Se ela gostar, ele começa a se exibir, elevando o abdômen e movendo-se para trás e para frente, entre outros gestos para chamar a atenção. Depois de todo esse exibicionismo, o macho começa o ritual de acasalamento. De acordo com Sewlal, a fêmea tenta matar o seu companheiro depois do ato.