Artes/cultura
07/09/2018 às 08:00•3 min de leitura
Os persas se consideravam bastante justos, sendo cuidadosos e cheios de regras em relação à aplicação de castigos. Ninguém era executado pelo primeiro crime cometido (basicamente um voto de confiança), e eles levavam em consideração as boas ações do criminoso.
Embora os castigos da Antiguidade sejam conhecidos por sua brutalidade de modo geral, as punições persas eram particularmente cruéis. Então, se a pessoa fosse de fato punida, eles queriam ter certeza que ela merecia o que viria pela frente, porque a intenção era que o criminoso servisse de exemplo.
Quando um juiz foi pego aceitando suborno, não bastou ao rei simplesmente matá-lo; o homem tinha que se tornar um lembrete constante. Então, assim que o corrupto foi morto, o rei ordenou que sua pele fosse usada para forrar uma cadeira. E quem se sentaria no adorável objeto? Ninguém menos que os próximos juízes.
Havia uma torre de 23 metros preenchida somente com cinzas e com um mecanismo de rodas. O criminoso era levado ao topo da torre e jogado lá dentro; a distância entre o topo da torre e as cinzas não era o bastante para matar alguém, mas suficiente para quebrar alguns ossos. Porém, não acabava aí.
Do lado de fora, alguns homens começavam a operar o mecanismo, que fazia com que as rodas girassem as cinzas, até que o condenado finalmente se afogasse com elas.
O imperador romano, Valério, foi capturado por soldados persas e mantido como prisioneiro. Durante esse tempo, ele foi humilhado publicamente de diversas formas, até que Shapur, o imperador persa, decidiu lhe dar um fim. Ele derramou ouro derretido pela garganta do imperador romano, depois mandou empalhá-lo e o expôs em um templo.
Uma das punições para ladrões condenados era o desmembramento. O ladrão que fosse pego roubando em uma estrada sofreria seu castigo no mesmo lugar onde cometeu o crime.
Os topos de duas árvores próximas eram puxados de forma a ficarem o mais próximos que pudessem e eram amarrados nessa posição; em seguida, os executores prendiam uma perna do ladrão ao topo de uma árvore e cortavam a corda que as unia. Pronto. O criminoso era rasgado ao meio e ficava pendurado na estrada como aviso para qualquer um que pudesse pensar em roubar alguém.
Às vezes, as pessoas se revoltavam contra o rei. Quando isso aconteceu com o rei Dario, ele fez questão de usar os líderes rebeldes como exemplos, só para o caso de alguém pensar em se revoltar novamente.
Ele cortou narizes, orelhas e línguas, assim como um olho de cada líder; depois, os acorrentou aos portões da frente do castelo para todo mundo ver. Além de toda a dor que estavam sofrendo, a população ajudou a piorar as coisas, espancando-os e ridicularizando-os enquanto passava por eles. Foi só depois de um tempo que Dário autorizou as mortes.
Um belo dia, um sacerdote teve a brilhante ideia de fingir ser filho de Ciro, O Grande, enganar o povo e ser coroado. Em determinado momento, ele foi descoberto e morto por roubar o trono. Mas a população ficou tão revoltada com a mentira que saiu pelas ruas massacrando os sacerdotes zoroastrianos.
Isso acabou virando um evento anual, e todo ano, no aniversário de morte do impostor, a população massacrava qualquer sacerdote que estivesse de bobeira na rua.
Esse é um dos mais famosos! A pessoa era colocada nua dentro de um tronco ou de um bote coberto, apenas com cabeça, mãos e pés para fora; depois, era alimentada a leite e mel até ter diarreia e ficar envolta em sua própria sujeira. Além disso, os executores jogavam mais mel na pessoa, e ela era deixada presa ali, para ser comida viva pelos insetos que surgiam e consumida por doenças.
Algumas pessoas cometiam ofensas tão grandes que seriam torturadas a ponto de quase morrer, tratadas e torturadas novamente; só poderiam morrer na terceira vez. Um eunuco que irritou a esposa do rei, por exemplo, teve seus olhos arrancados; após se recuperar, foi esfolado vivo e só depois de ser tratado e ter melhorado um pouco foi crucificado.
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