
Artes/cultura
17/03/2025 às 18:00•2 min de leituraAtualizado em 17/03/2025 às 18:00
A Pax Romana, ou Paz Romana, que se estendeu entre 27 a.C. e 180 d.C., é lembrada como um período de estabilidade e prosperidade no vasto Império Romano.
Apesar da aparente tranquilidade, conflitos internos e externos revelaram que o domínio de Roma enfrentava desafios significativos. Liderados por povos e líderes determinados, esses embates deixaram marcas profundas na história do império. Confira cinco episódios marcantes desse período.
A Primeira Guerra Judaica (66-73 d.C.) destacou-se como um dos conflitos mais intensos do domínio romano no Oriente Médio. Iniciada em reação a impostos altos e repressão religiosa, a revolta levou à expulsão das forças romanas de Jerusalém.
No entanto, sob o comando de Tito, Roma retaliou com força, destruindo o Segundo Templo em 70 d.C., um evento traumático na história judaica. A resistência terminou com a queda de Massada em 73 d.C., resultando na dispersão do povo judeu (diáspora) e no controle direto da Judeia por Roma.
Em 89 d.C., durante o reinado de Domiciano, Lúcio Antônio Saturnino, governador da Germânia Superior, liderou uma breve revolta contra Roma com apoio de legiões descontentes e tribos germânicas.
A insurreição foi rapidamente sufocada por forças leais ao imperador, comandadas por Lápio Máximo, mas expôs tensões no exército e descontentamento com o governo autoritário de Domiciano. Em reação, o imperador reforçou o controle sobre os governadores e intensificou purgas políticas, consolidando o poder, mas agravando o descontentamento da elite romana.
No século 1 d.C., a Dácia, rica em recursos naturais, tornou-se um alvo estratégico para Roma. Após um tratado desfavorável firmado com Domiciano, o imperador Trajano decidiu reverter a situação. Entre 101 e 106 d.C., liderou campanhas que destruíram a capital Sarmizegetusa e levaram ao suicídio do rei Decébalo.
A conquista, que consolidou o domínio romano na região, foi imortalizada na Coluna de Trajano, em Roma.
Entre 115 e 117 d.C., durante as campanhas de Trajano contra os partas, algumas comunidades judaicas na diáspora se revoltaram em regiões como Cirene, Chipre e Mesopotâmia. A chamada Guerra de Kitos foi marcada por violência e destruição de ambos os lados.
Sob o comando de Lucius Quietus, Roma reprimiu os levantes de forma implacável, deixando um rastro de devastação e ampliando as tensões entre judeus e romanos.
De 132 a 136 d.C., a Judeia foi palco da Revolta de Bar Kochba, liderada por Simão Barcoquebas, proclamado Messias por muitos judeus. Inicialmente bem-sucedido, o movimento conseguiu expulsar os romanos de Jerusalém e declarar um breve período de independência.
No entanto, a reação de Roma foi implacável. Após cercos e batalhas, a revolta foi sufocada, culminando na queda de Betar, uma das últimas fortalezas onde os rebeldes judeus estavam resistindo. Como retaliação, o imperador Adriano impôs duras restrições, renomeou a região como Síria Palestina e proibiu os judeus de viverem em Jerusalém.