Ciência
19/02/2019 às 06:58•2 min de leitura
*Essa não é uma matéria patrocinada. Contudo, o Mega Curioso pode receber uma comissão das lojas, caso você faça uma compra.
Desde que foi lançada, no dia 9 de março de 1959, as bonecas Barbie fizeram parte da infância de milhões de crianças em todo o mundo, tornando-se um ícone de moda e um dos brinquedos de maior sucesso. Agora, prestes a completar 60 anos, a Mattel — empresa responsável pela marca — trará para a sua coleção Fashionista, bonecas inclusivas para pessoas com deficiências físicas (PcD).
Divulgação/Mattel
São dois novos modelos, uma boneca com cadeira de rodas e uma com uma perna prostética. Barbies que usam cadeiras de rodas são um dos pedidos mais frequentes que a empresa recebe, segundo a Vice-Presidente da Barbie Design, Kim Culmone. Para tornar esse pedido uma realidade, a Mattel trabalhou em conjunto com pessoas com deficiência pensando sempre em representá-las com o máximo de acurácia.
Por muito tempo, a Barbie foi criticada por trazer um ideal de beleza quase inatingível para a maioria das crianças: branca, loira, alta e impossivelmente magra. Com o passar dos anos e ouvindo seus consumidores, a empresa passou a trazer bonecas com cabelos texturizados, diferentes biótipos, cores de cabelos e tons de pele, entre outras mudanças. Incluir pessoas com deficiência foi mais um passo importante na história da Barbie.
Divulgação/Mattel
Esta não, entretanto, a primeira tentativa da marca em fazer uma boneca usuária de cadeira de rodas. Em 1997 foi lançada Becky, uma amiga da Barbie com deficiência. Mas a forma como a cadeira de Becky foi desenhada fazia com que ela não conseguisse passar pelas portas, nem entrar no elevador, da casa da Barbie e não se encaixasse com os outros brinquedos da linha, o que causou frustração entre os consumidores.
A empresa ainda tentou fazer outras versões de Becky, como “Becky fotógrafa” e “Becky paralímpica”, todas com cadeiras de rodas que não se encaixavam, até que o brinquedo foi descontinuado. A ativista pelos direitos de pessoas com deficiência, Karin Hitselberger, comentou o fato “A descontinuação de Becky reflete como nós frequentemente costumávamos pensar sobre deficiência, em termos de “concertar” as pessoas ao invés da sociedade. Isso importa, porque ecoa uma forma de pensar que sugere que pessoas diferentes são problemáticas.”
A decisão da Mattel de trabalhar com pessoas com deficiências e especialistas para criar as novas bonecas traz esperanças aos consumidores que tanto pediram por Barbies inclusivas de que um novo caso Becky não ocorrerá. Por falar em Barbies, confira algumas ofertas logo abaixo!