Artes/cultura
02/04/2019 às 12:00•1 min de leitura
A Igreja Católica tem diversas passagens em sua história que não são nada bacanas. Uma delas, por exemplo, é a respeito do Index Librorum Prohibitorum, ou só Index, para os mais chegados. Tratava-se de uma lista, que começou a ser divulgada em 1559, que trazia os livros que o Vaticano considerava pecaminosos ou indignos de admiração. A última edição do Index apareceu em 1948, mas só 1966 ele supostamente foi banido da igreja.
Acontece que, recentemente, um grupo católico de Koszalin, a 450 km de Varsóvia, na Polônia, resolveu polemizar e criou sua própria versão do que seria inapropriado para leitura. Entre itens de religiões budistas e africanas, estavam diversos livros da cultura pop, como as sagas “Crepúsculo”, “Harry Potter” e “Crônicas de Nárnia”. Ele foram entregues pelos fiéis da congreção Fundação do Céu, com viés católico, a fim de livrar suas casas do mal!
Padres reuniram os livros trazidos pelos paroquianos (Foto: Reprodução Facebook)
Os padres reuniram os livros e objetos e armaram uma fogueira, bem como nos tempos medievais. Agora, porém, o ato foi publicado na internet junto de emojis e citações bíblicas. Em Atos dos Apóstolos, capítulo 19, versículo 19, diz: “Grande número dos que tinham praticado ocultismo reuniram seus livros e os queimaram publicamente. Calculado o valor total, este chegou a 50 mil dracmas”. E se você que não está familiarizado com a Bíblia acha que se trata de um trecho do Antigo Testamento, normalmente mais punitivo, você está enganado...
Claro que a galera caiu em cima do grupo católico e questionou seus atos. A Fundação do Céu até tentou se defender, dizendo que foram os próprios fiéis quem interpretaram as obras pops como influências malignas, mas não adiantou muita coisa. As fotos da grande queima, publicadas no Facebook no último domingo (31 de março), foram retiradas do ar nesta terça-feira (2).
Queima de livros causou polêmica (Fotos: Reprodução Facebook)