Artes/cultura
14/02/2020 às 14:00•2 min de leitura
Um casal de exploradores noruegueses descobriu, na região de Terra Nova, próxima à costa atlântica do Canadá, registros da presença de vikings no território americano. A missão traçada por Helge Ingstad e sua esposa Anne Stine tinha o propósito de identifcar a migração das tribos bárbaras da Groenlândia para a América do Norte cerca de 500 anos antes de Cristóvão Colombo, fato que definiria, em aspectos gerais, a descoberta da América pelas antigas tribos europeias.
As constatações sobre a descoberta do continente americano começaram a surgir após a escavação do local onde o casal de aventureiros se estabeleceu, resultando na identificação de um sítio arqueológico em L’Anse aux Meadows, em meados de 1963. A ação dos exploradores partiu após a leitura de antigos textos vikings compilados nas Sagas Nórdicas, uma coletânea de mitos e lendas da região que narravam a expansão bárbara há cerca de 1.000 anos.
As principais histórias da obra relatam a jornada do guerreiro Leif Erikson, que abandonou sua terra para partir em direção ao oeste, a fim de descobrir novos recursos e materiais que poderiam ser benéficos para sua família, que habitava a antiga região da Groenlândia. Quando alcançou o continente, Erikson ficou maravilhado com a riqueza natural do local, banhado de cores, frutos e árvores. Foi à antiga L'Anse aux Meadows que o guerreiro deu o nome de Vinlândia, e encontrá-la era o grande objetivo do casal de exploradores.
"Durante muito tempo, os especialistas tentaram encontrar a terra da lenda, armados com instruções de navegação, descrições, mas ninguém a encontrou", disse, em entrevista à BBC, Loretta Decker, funcionária da Parks Canada e habitante da aldeia que teve o primeiro contato com o casal Ingstad.
Foi somente com o passar dos anos que as explorações na cidade passaram a surtir os primeiros efeitos positivos, quando os exploradores encontraram diversos artefatos e relíquias que comprovaram a presença dos vikings na América. Boa parte dos vestígios, incluía resquícios de forja, revelando que havia ocorrido a prática de serviços de ferreiros, como narram as lendas dos guerreiros bárbaros.
Atualmente, o antigo assentamento viking é considerado patrimônio histórico e foi reconstruído na busca de retratar as habitações e fortificações elevadas há cerca de um milênio.