Ciência
01/12/2020 às 06:00•3 min de leitura
O Império Romano durou 5 séculos e, pelo seu trono, passaram inúmeros homens – muitos dos quais mal chegaram a esquentar o banco. A competição e a trairagem eram constantes, mas alguns dos homens mais poderosos da época tiveram fins bem pouco dignos.
Na lista abaixo, conheça 5 imperadores que tiveram mortes nada gloriosas:
Em 69 d.C., Roma esteve agitada: foram 4 imperadores apenas naquele ano. Aulo Vitélio Germânico provavelmente foi o mais interesse deles. Era um ano que se organizavam grandes banquetes, e o imperador adorava todos – tanto que chegou a criar um prato com fígado de peixe, cérebro de faisão e língua de flamingo. Ele era tão glutão que “roubava” comidas oferecidas aos deuses.
Seu fim, entretanto, não teve a ver com gula. Quando Vespasiano, autoproclamado imperador no Oriente, apareceu em Roma, Vitélio baixou a guarda em sinal de paz. Seus servos e soldados, porém, não concordaram e fugiram. Os soldados adversários aproveitaram a oportunidade e mataram o cara.
Antes, é claro, um pouco de humilhação: Vitélio desfilou praticamente nu por Roma, com os braços amarrados nas costas. Ele ouviu zombarias, e a população jogou esterco e excremento durante seu desfile nada glamuroso. Antes da execução, suas últimas palavras foram: “Pelo menos eu fui imperador”.
Um dos mais famosos imperadores de Roma foi também um dos mais cruéis. Já falamos dele aqui no Mega Curioso, por isso vamos nos concentrar em seus últimos dias de vida. Depois de humilhar e ordenar a morte de alguns parentes, ele virou seu alvo para os senadores e seus guardas. Estes, é claro, não gostaram das provocações constantes.
Por isso, conspiradores conseguiram prendê-lo no meio do trajeto entre o fórum e o palácio. Todos com espadas em punho, sem muita chance de defesa a Calígula. Um dos primeiros golpes acertou sua mandíbula, mas ainda permitiu que ele tivesse a audácia de dizer suas últimas palavras: “Ainda estou vivo”. Não durou muito depois disso.
Durante o século 5, o poder do imperador estava constantemente ameaçado. Diversos povos se instalavam no Império Romano e começavam suas próprias dinastias – ou ao menos tentavam. Por isso, era comum os imperadores dessa época se distraíram com outras atividades, como seduzir esposas de seus oficiais.
Valentiniano fez isso e abusou da esposa de Petrônio Máximo, que ficou irritado e declarou vingança. O cara convenceu alguns de seus guardas a matarem o imperador. Depois disso, ele se autoproclamou imperador e se casou com a viúva de Valentiniano, chamada Eudoxia, para tentar passar mais credibilidade.
A mulher não estava a fim de servir ao carrasco do marido e pediu ajuda ao rei vândalo Genserico, que mandou seu exército para Roma. Quando viu que o circo iria pegar fogo, Petrônio subiu em um cavalo e tentou fugir da cidade. Só que a população viu ele fazendo isso, foi atrás do cara e o apedrejou até a morte.
Religião e sexo mexem com o mundo desde sempre. Heliogábalo chegou ao trono aos 14 anos, em 218 d.C., e tocou o terror. Devoto do deus solar oriental Elagabal, o novo imperador quis implementar um novo culto em Roma. Isso fez sua popularidade despencar entre a população.
Também não ajudava o fato de ele organizar orgias com amantes homens e nomeá-los para altos cargos no Império. Heliogábalo inclusive prometeu enormes quantias em dinheiro se algum cirurgião fosse capaz de lhe dar uma vagina – a mudança de sexo, entretanto, ainda não era praticada pela medicina. E apesar de tudo isso, o imperiador se casou com uma cobiçada virgem romana.
Sua falta de popularidade custou a vida: o exército se revoltou, após 4 anos, e resolveu matá-lo. O jovem, então com 19 anos, tentou fugir dentro de um baú e foi descoberto. Sua mãe o abraçou na hora da morte, e ambos perderam a cabeça – literalmente. Depois, os dois foram despidos e arrastados pela cidade. O corpo de Heliogábalo foi descartado no rio Tibre, enquanto o de sua mãe foi jogado em um lugar qualquer.
O cruel e temperamental filho de Marco Aurélio pôs fiz a uma era de bons governos e de imperadores aclamados pelo povo – seu pai foi considerado umas das pessoas mais inteligentes a comandar Roma. Quando Marco morreu, Cômodo voltou correndo da guerra para assumir a capital do império e todos os prazeres que ele achou que teria. E teve, viu?
Seu companheiro de esbórnia era Saoterus, que ele frequentemente beijava em público. Ambos lutaram lado a lado nos campos de batalhas e agora gozavam a vida boêmia de tavernas e bordéis de Roma. Cômodo torrava a grana do império e conquistou uma legião de inimigos, que frequentemente atentavam contra sua vida.
Até mesmo sua irmã tentou acabar com aquela depravação, mas não obteve sucesso. Foi então que sua esposa conseguir dar fim ao cara: ele convenceu o exército a mandar o soldado e atleta favorito do imperador para surpeendê-lo no banho. Cômodo pode até ter pensado que teria mais uma noite de sexo selvagem com o rapaz, mas acabou estrangulado até a morte.