Artes/cultura
10/04/2021 às 10:00•2 min de leitura
O termo Satã, ou Satanás, está associado com a representação de todo o mal, aparecendo em diversos textos religiosos monoteístas como um inimigo de Deus.
Enquanto no cristianismo sua imagem seja mais literal, estando relacionada com um anjo caído, muitos judeus o consideram uma alegoria, que estaria relacionada com acontecimentos políticos do tempo de Neemias. Além disso, a palavra também pode ser uma variação do vocábulo grego Sátyros, que descreve um ser mitológico metade humano e metade bode.
Separamos cinco fatos curiosos sobre Satanás para que você possa entender mais sobre esta figura maligna e como ela se transformou com o passar do tempo. Confira a seguir:
(Fonte: Wikipedia/Gustave Doré/Reprodução)
Até 1677, Satã não tinha uma forma física definida. Sua primeira personificação ocorreu na obra Paraíso Perdido, de John Milton, que explica a queda do anjo e o apresentava como um inimigo da humanidade, com base em ideias medievais do que a figura representava.
(Fonte: Pinterest/Reprodução)
Como mencionado antes, Satanás pode ter surgido de uma palavra grega, mas em hebraico, é um substantivo genérico que pode ser traduzido como acusador ou adversário, sendo utilizado na bíblia dos Hebreus para tratar de todos os inimigos humanos ou sobrenaturais que se opõem aos mandamentos de Deus.
Durante a Idade Média, Satã era considerado um personagem que incomodava Deus e basicamente uma boa fonte para chacotas. Ele era retratado em peças como um bobalhão feio, desajeitado e cômico, e segundo Jeffrey Burton Russel, um historiador americano, estava mais para "patético e repulsivo do que aterrorizante".
(Fonte: Wikipedia/Biblioteca Medicea Laurenziana/Reprodução)
Além disso, a coleção A Lenda Dourada, que foi compilada por volta de 1260, continha histórias de santos que encontravam o "tinhoso" e sempre o venciam utilizando a inteligência.
Foi apenas em 1430, quando o "adversário" passou a ser ligado com a bruxaria que sua fama mudou, e ele se tornou a criatura assustadora que conhecemos atualmente.
(Fonte: Pixabay/Reprodução)
Uma pesquisa sobre crenças realizada nos Estados Unidos em 2005 com 2.455 indivíduos trouxe um resultado um tanto quanto peculiar. Enquanto 82% acreditavam em Deus e 62% em Satanás e no inferno, apenas 42% afirmaram crer na teoria da evolução proposta por Charles Darwin.
Além disso, outras estatísticas mostraram um aumento no número de cidadãos que acreditavam no inimigo de Deus, passando de 55% em 1990 para 70% em 2007. Isso provavelmente se deve a grande quantidade de religiosos no país, mas parece que o humilhado na Idade Média finalmente se tornou o exaltado, não?
(Fonte: Netflix/Reprodução)
Satanás é uma personificação das concepções do que a humanidade considera mal, estando associado ao horror e a decadência.
Sendo assim, ele foi representado em diversos modos entre diferentes culturas e com o passar do tempo. Nos textos bíblicos ele assumiu a forma de cobra para tentar Eva, na Idade Média era associado com uma cabra com chifres, e a partir dos séculos XVIII e XIX sua figura foi romantizada, recebendo uma aparência mais humana.