Ciência
13/04/2021 às 10:00•2 min de leitura
Entre novembro e dezembro de 2015, 196 países participantes da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniram na França com um único objetivo: encontrar soluções para diminuir os níveis de emissão dos gases de efeito estufa (GEE) e estipular medidas que ajudassem a frear o aquecimento global.
Foi então que os participantes do evento firmaram o tratado internacional chamado de Acordo de Paris. Atuando como uma espécie de substituto ao antigo Protocolo de Kyoto, acordado anteriormente no Japão, o documento definiu uma meta para que as temperaturas mundiais não ultrapassassem mais de 2º C além da faixa estabelecida no período anterior à Revolução Industrial.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Antes do Acordo de Paris ter sido assinado durante a 21ª Conferência do Clima (COP21), os países das Nações Unidos já haviam feito outras tentativas de tratados internacionais para diminuir os impactos humanos na natureza. Em 1992, por exemplo, ocorreu a Cúpula da Terra, ou Rio-92, na cidade do Rio de Janeiro.
Na época, os chefes de estado definiram os termos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que tinha basicamente o mesmo objetivo da reunião realizada na França anos mais tarde. O foco continuava sendo estabilizar a interferência humana na atmosfera para que isso não se tornasse perigoso a nossa saúde.
A Rio-92 foi seguida pelo Tratado de Kyoto em 1997, que fortalecia o combate sobre a redução das emissões de GEE e foi prorrogada durante a COP18 realizada no Catar em 2012. Porém, o acordo vigente possuía um grande problema: Estados Unidos e China, os dois países que mais emitiam dióxido de carbono (CO²) em escala global, não faziam parte.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Nos preparativos para a reunião realizada na França, a ONU pediu para que todos os países participantes apresentassem um plano de ações detalhadas para ajudar no desenvolvimento mundial sustentável. Até dezembro de 2015, 185 nações já haviam estipulado metas assertivas para até 2030.
Em 2014, os EUA se pronunciaram a respeito do seu projeto e concordaram em diminuir suas emissões de dióxido de carbono em 28% abaixo dos níveis estabelecidos até 2025. A China, por outro lado, salientou que as emissões de CO² no país teriam um pico em 2030, mas que faria todos os esforços para chegar nesse objetivo o mais rápido possível e implementar novas estruturas de desenvolvimento sustentável.