Ciência
01/08/2021 às 07:00•2 min de leitura
Em 122 d.C., o imperador romano Adriano ordenou que fosse construída, no norte da Inglaterra, o que ficou conhecida como a Muralha de Adriano.
Com 130 quilômetros, a barreira vai do Mar da Irlanda (no oeste) até o leste do Mar do Norte e se tornou uma das estruturas mais famosas do Reino Unido, com sua fortificação projetada para proteger a província romana de Britannia da ameaça dos pintados — os vizinhos bárbaros da Caledônia (atual Escócia).
Além de ter dedicado sua atenção à manutenção da paz em todo o mundo, como é ressaltado no livro A Vida de Adriano na História Augusta, Adriano reformou seus exércitos e conquistou o respeito deles vivendo como um soldado comum.
Porém, ele tinha medo de seus inimigos políticos, principalmente de ser assassinado em Roma. Foi por isso que ele visitou pessoalmente quase todas as províncias de seu império, resolvendo disputas e espalhando "a boa vontade romana" antes de decidir construir o seu muro e estabelecer uma zona militarizada permanente no norte da Grã-Bretanha entre o inimigo e o território romano.
(Fonte: Wikipedia/Reprodução)
Apesar de os romanos terem lutado contra inimigos no norte da Inglaterra e no sul da Escócia por várias décadas, Adriano não tinha homens suficientes para manter o controle permanente sobre a área, então a sua muralha serviria como uma linha de defesa, ajudando um pequeno número de soldados romanos a fortalecer suas forças contra inimigos em número maior.
Os historiadores também acreditam que a Muralha de Adriano foi construída com outros propósitos, como o de gerar alguma receita para o império. A estrutura serviria como uma barreira alfandegária onde os romanos podiam cobrar impostos de qualquer pessoa que entrasse.
“Construir o muro não teria sido barato, mas os romanos provavelmente o fizeram do modo mais econômico que se poderia esperar”, disse Benjamin Hudson, professor de História da Universidade Estadual da Pensilvânia.
(Fonte: Viator/Reprodução)
Exceto o chumbo, acredita-se que a maioria dos materiais foi adquirida de maneira local, sendo que os demais foram pagos pelo governador da província. Grande parte dos fundos vinha de receitas fiscais na Grã-Bretanha, embora os custos indiretos, como os salários dos soldados recrutados, fizessem parte das despesas operacionais.
(Fonte: History/Reprodução)
Apesar de muitos homens locais recrutados não terem sido pagos, não há registros arqueológicos ou por escrito de qualquer resistência local à construção da muralha, visto que os romanos se concentravam em documentar apenas conflitos de grande escala.
No século V, a influência romana na Grã-Bretanha diminuiu até que todos partissem. No entanto, a Muralha de Adriano permaneceu e permanece até hoje com suas paredes que precisavam apenas proporcionar uma sensação de segurança aos romanos.