Artes/cultura
07/11/2021 às 13:00•3 min de leitura
Dos 2240 passageiros e tripulantes registrados no RMS Titanic — navio com quase 270 metros de comprimento e 9 andares de luxo — mais de 1,5 mil pessoas foram vítimas de uma das maiores tragédias do mundo moderno quando a embarcação colidiu contra um iceberg e naufragou. A noite de 14 de abril de 1912 ficou marcada não apenas pelo fim da vida de vários viajantes, mas pelas dramáticas histórias que vários sobreviventes relataram, evidenciando o terror que mudou para sempre suas vidas.
Conheça abaixo algumas das histórias mais tristes que ocorreram durante o naufrágio do Titanic.
(Fonte: Listverse / Reprodução)
Em 14 de abril de 1912, Mary Fortune e suas 3 filhas conseguiram escapar do naufrágio após entrarem em um dos botes salva-vidas. Devido à conduta "mulheres e crianças primeiro" realizada pela tripulação, Mark, esposo de Mary, e o único filho homem do casal, na época com 19 anos, não conseguiram desembarcar a tempo. A tragédia marcou o fim dos passageiros da primeira classe e o reinício da vida das mulheres Fortune, que lutaram para viver sozinhas na mansão tudoriana em sua terra natal.
(Fonte: Wikipedia / Reprodução)
Ida Straus, mesmo sendo uma das pessoas com prioridade para entrar no bote salva-vidas, decidiu não desembarcar do navio para permanecer com seu marido, Isidor, com quem era casada há 40 anos. Instantes antes de a mulher tomar a decisão, Isidor afirmou aos tripulantes que, mesmo sendo idoso e com preferência na fila, só iria entrar no bote após todas as mulheres e crianças a bordo do navio deixarem o naufrágio. Com a decisão, ambos encontraram seu fim no fundo do mar. O relato foi contado por sobreviventes que testemunharam o ocorrido.
“Nós vivemos toda a nossa vida juntos e, se você vai continuar no barco e morrer enquanto ele afunda, eu continuarei no barco com você. Não nos deixaremos depois de nosso longo e maravilhoso casamento juntos”, disse Ida antes de morrer.
(Fonte: Listverse / Reprodução)
Elin Braf, de apenas 20 anos, viajava acompanhada de amigas para visitar sua irmã, Annie Hammar, em Chicago. O naufrágio do Titanic a pegou despreparada e causou um medo sem precedentes na vida da jovem, que viu suas colegas embarcarem no bote, mas não conseguiu dar um passo sequer para fora do navio, mesmo sendo puxada para o barco salva-vidas. Apavorada, Elin travou completamente e tornou-se uma das vítimas do naufrágio ao permanecer no local.
(Fonte: Ackermann Marketing / Reprodução)
Thomas Millar era um dos tripulantes do Titanic que decidiu trabalhar no navio para sustentar seus dois filhos e superar o trágico destino da recém-falecida esposa. Antes de embarcar no Titanic, o homem deixou pouco dinheiro com as crianças e instruiu que não o gastassem com trivialidades, mas infelizmente aquele foi o último contato entre a família.
A noite de 14 de abril foi a última de Thomas com vida, e seus filhos passaram para a guarda da tia, sendo amparados com uma mesada pelo Fundo Nacional de Ajuda a Desastres. O dinheiro deixado pelo pai segue até hoje guardado como tesouro pelos Millar.
(Fonte: Pinterest / Reprodução)
Ramon Artagaveytia, nascido no Uruguai, foi um dos 65 sobreviventes de um naufrágio ocorrido em 1861, quando escapou de um incêndio sem precedentes em terras americanas. Em relatos constantemente enviados a seu primo, Ramon citava pesadelos e traumas apavorantes com o acidente, revelando acordar com gritos de "fogo" mesmo durante as viagens mais calmas.
Apesar de ter escapado pela primeira vez, o passageiro não teve a mesma sorte com o RMS Titanic e, além de ter sido aconselhado por um amigo a não subir em um bote salva-vidas para evitar um resfriado, seu relógio estava sincronizado com o horário de Montevidéu, e isso foi suficiente para que o homem, por muito pouco, não tenha encontrado a equipe de resgate.