Artes/cultura
09/11/2021 às 07:00•4 min de leitura
Nesta segunda-feira (08), a Rede Globo estreou sua primeira novela das 21h inédita depois do início da pandemia. Um Lugar ao Sol, escrita por Lícia Manzo, contará a história de dois irmãos gêmeos — Christian e Renato — separados ainda bebês, que se reencontram já crescidos. Christian é pobre, Renato é rico.
Christian aceita um trabalho com traficantes para ajudar um amigo preso injustamente. Renato tenta ajudar seu irmão, porém acaba morto. Christian resolve tomar o seu lugar — e aí começa o drama.
(Fonte: Globoplay/Reprodução)
A premissa lembra bastante a de outra famosa novela com gêmeos: A Usurpadora, que se tornou um clássico após várias exibições no SBT, e que chega ao Globoplay em novembro. A diferença é que Renato (o gêmeo rico) não é um personagem mau e o gêmeo pobre só resolve trocar de lugar porque o outro morre. Além disso, o estilo da autora Lícia Manzo — com personagens mais “realistas” e muitos diálogos — é muito diferente das novelas mexicanas. Mas, ainda assim, a premissa é semelhante.
A verdade é que há milhões de maneiras de contar as mesmas histórias: o recurso dos gêmeos é usado desde sempre na dramaturgia. Para relembrar essas outras novelas, a gente preparou essa lista com outras dez novelas com gêmeos.
(Fonte: G1/Reprodução)
“A Rutinha é boa. A Raquel é má…”, já dizia Tonho da Lua sobre as irmãs gêmeas, que fizeram sucesso em duas ocasiões. A versão original passou na TV Tupi, em 1973, com Eva Wilma, e ganhou um remake em 1993, com Glória Pires.
De personalidades opostas, Ruth e Raquel disputam o mesmo homem, Marcos. Ele se apaixona pela boa, mas acaba seduzido pela má, com quem se casa. Aí a gêmea má é dada como morta e a boa assume seu lugar — até que a má volta para atormentá-la. A atriz Glória Pires brilhou demais, interpretando não apenas as gêmeas, mas também a gêmea fingindo ser a outra.
(Fonte: Rede Globo/Reprodução)
Aqui, a gêmea boa é Paula e a má é Thaís, ambas vividas por Alessandra Negrini. A diferença é que uma não sabe da existência da outra, até que elas se reencontram no Rio de Janeiro (claro!). Paula só quer ficar ao lado do seu amor, Daniel, enquanto Taís vive tentando aplicar golpes e subir na vida — o que gera conflitos com a irmã. Essa novela foi escrita pelo gênio Gilberto Braga, que nos deixou recentemente.
(Fonte: Rede Globo/Reprodução)
O clone, em si, não conta como gêmeo, não é? Mas o início da novela tem gêmeos com personalidades opostas. Os dois são bons, mas Lucas é tímido e Diogo é mais ativo e mulherengo. É depois da morte de Diogo que o Dr. Albieri resolve criar o clone — que cresce e cria um conflito com Lucas. Os três foram vividos por Murilo Benício.
(Fonte: SBT/Reprodução)
O recurso das gêmeas que se desconhecem rendeu até uma novela infantil, no SBT. Ela mostra a história de Isabela, rica e mimada, e Manuela, pobre e talentosa, ambas interpretadas por Larissa Manoela. A rica quer ser cantora, mesmo sendo desafinada, enquanto a outra já tem uma bandinha com os amigos. Quando se reencontram, as duas começam a trocar de lugar sempre que precisam, causando várias confusões.
(Fonte: GShow/Reprodução)
Nesta novela, as gêmeas não eram o mais importante da história — que era sobre o roqueiro Gui Santiago e sua rixa com o jovem cantor pop Léo Régis. Porém, logo no início da história, Gui se apaixona por uma moça boa, Júlia (Nathalia Dill), que está fugindo de problemas com o tráfico internacional de drogas. Tudo é armação de sua gêmea má, Lorena.
(Fonte: Rede Globo/Reprodução)
Essa foi a primeira novela de Manoel Carlos com as icônicas Helenas. A personagem era interpretada por Lílian Lemmertz, que teve filhos gêmeos e fez um acordo bizarro com o pai das crianças (seu amante): um dos bebês ficaria com Helena e o outro seria criado pelo homem e sua esposa, como filho adotivo.
Anos depois, a família dele volta ao Brasil, sem que um gêmeo saiba da existência do outro. Várias pessoas confundem os dois e Helena vive a novela inteira morrendo de medo de que seu segredo seja descoberto. Porém, os gêmeos finalmente se conhecem da metade para o final da novela.
(Fonte: Rede Globo/Reprodução)
Nessa outra novela de Manoel Carlos, os gêmeos Jorge e Miguel (Mateus Solano) se conhecem a vida toda e tem uma criação normal. Mas eles têm personalidades bem diferentes: Jorge é sério e recatado, enquanto Miguel é superbrincalhão.
O primeiro namora a modelo Luciana, mas o segundo começa a cuidar dela quando a moça fica tetraplégica — os dois se apaixonam no final. Esses personagens não tinham muito a ver com o da Helena, mas roubaram as atenções.
(Fonte: Rede Globo/Reprodução)
Reynaldo Gianecchini viveu Paco e Apolo, que também não sabiam da existência um do outro. Apolo é um lutador “boa praça”, parte da simpática família Sardinha, enquanto Paco é um rapaz tímido criado pelo pai, o poderoso empresário Afonso.
Quando Apolo é dado como morto, Paco assume o lugar dele (que aparece vivo só muito tempo depois). Esse é um dos poucos casos em que um dos gêmeos têm bem mais destaque que outro na história — o que também parece ser o caso da trama de Um Lugar ao Sol.
O título da novela já sugere que as gêmeas são dois lados da mesma moeda: uma má, Fernanda, que é presa e adoece na cadeia, e Vivi, que cumpre pena por um crime que não cometeu e é contratada para tomar o lugar da irmã. No lugar da gêmea má, Vivi é odiada por muita gente na cidadezinha onde vivem, até que muitas pessoas começam a perceber que ela está diferente… Sim, a ideia é bem parecida com A Usurpadora.
(Fonte: Rede Globo/Reprodução)
Marco Nanini viveu gêmeos duas vezes em novelas de Walcyr Carrasco. Em Êta Mundo Bom!, ele interpretava o professor Pancrácio, mentor do protagonista Candinho. A certa altura, um gêmeo mais sério e formal, Pandolfo, aparecia na história.
Algo bem parecido ocorreu em A Dona do Pedaço (2019), quando Nanini interpretou Eusébio, personagem do núcleo cômico. Lá pelas tantas, ele descobre ter um irmão gêmeo, Juninho, que surgiu apenas para (tentar) divertir os telespectadores com as trapalhadas em dupla.
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