Estilo de vida
12/12/2021 às 07:00•2 min de leitura
Em Double Feature, a 10ª temporada da série American Horrror Story, foi mostrado mais uma vez o que várias séries e filmes, como Arquivo X e Homens de Preto, vêm fazendo há anos: os arquivos ultrassecretos do governo dos Estados Unidos (EUA) acerca de atividade alienígena ao longo do século XX. Esse período é considerado o de maior incidência de objetos voadores não identificados (óvnis) e casos de contatos imediatos, de Roswell a Mantell.
Em 2020, o Reino Unido decidiu desclassificar seu banco de dados de relatos sobre óvnis para o público, e este ano o Departamento de Defesa (DoD) dos EUA fez o mesmo ao entregar anos de relatórios sobre fenômenos aéreos não identificados para o Congresso.
(Fonte: The Verge/Reprodução)
Em 25 de junho de 2021, o Pentágono entregou o relatório sobre óvnis ao Congresso sob o nome de fenômenos aéreos não identificados (UAPs), para evitar o estigma de óvnis, mas, diferente do que as pessoas imaginam, não apresentou evidências convincentes de que espaçonaves alienígenas foram localizadas.
Em entrevista ao The Conversation, o professor de Astronomia Chris Impey disse que não acredita que o relatório, ou qualquer outro avistamento de objetos não identificados no passado, sirva como algum tipo de prova que extraterrestres visitam a Terra, porém é uma obra importante para tentar lançar um olhar mais sério para toda a questão. Além disso, incentiva o governo dos EUA a coletar dados melhores, aumentando as oportunidades de os cientistas tentarem interpretá-los, após o fenômeno passar anos fora dos limites da ciência convencional.
(Fonte: NBC News/Reprodução)
Em um documento de 9 páginas, o DoD cobriu um total de 144 avistamentos de óvnis de fontes do governo dos EUA, entre 2004 e 2021, determinando que a maioria dos incidentes não se originou do Exército Americano ou de outra tecnologia avançada do governo. Portanto, a alegação eliminou a possibilidade de que os pilotos da marinha, que relataram espaçonaves inexplicáveis, possam ter encontrado programas que o governo pretendia manter em segredo.
Em outras palavras, as autoridades concluíram que a própria ambiguidade das descobertas significa que o governo não pode descartar definitivamente as teorias de que os fenômenos observados pelos pilotos militares podem ser naves alienígenas.
“Na verdade, existem filmagens e registros de objetos nos céus que não sabemos exatamente o que são”, disse o ex-presidente Barack Obama em entrevista ao The Late Late Show with James Corden.
(Fonte: BBC/Reprodução)
Porém, o relatório reforça que muitas questões sobre os fenômenos permanecem difícil de explicar, incluindo aceleração, capacidade de mudar de direção muito rapidamente e submersão. A hipótese de balões meteorológicos, que sempre foi usada como argumento em casos passados, não consegue se sustentar para todas as situações devido às mudanças na velocidade do vento no momento de algumas das interações.
Além disso, o relatório visou examinar os incidentes envolvendo militares estrangeiros nos últimos 20 anos, e oficiais da inteligência acreditam que pelo menos alguns, dos 144 fenômenos aéreos reportados, podem ter sido tecnologia experimental de uma potência rival, provavelmente a Rússia ou a China.
Um oficial sênior informado sobre a inteligência disse sem hesitar que as autoridades americanas sabiam que não se tratava de tecnologia americana, erguendo a hipótese de experimentação com tecnologia hipersônica desenvolvida pelos russos ou chineses.
(Fonte: CNN/Reprodução)
Pilotos da marinha relataram a seus superiores, entre o verão de 2014 e março de 2015, nos céus da Costa Leste, o avistamento de objetos estranhos que não tinham motor visível e podiam atingir quase 10 mil metros de altura em velocidades hipersônicas.
O DoD tem coletado esse tipo de relatório há mais de 13 anos como parte do obscuro e pouco conhecido Programa de Identificação Avançada de Ameaças Aeroespaciais do Pentágono, que analisou dados de radar, imagens de vídeo e relatos fornecidos por pilotos e oficiais superiores da marinha desde 2007, financiado pelo democrata Harry Reid, de Nevada.