Artes/cultura
31/01/2022 às 09:30•3 min de leitura
A maioria das concepções que temos sobre o Egito Antigo vem das produções midiáticas modernas feitas daquela época. Logo, imaginamos um tempo de pirâmides e faraós quase que avulsos dos acontecimentos que aconteciam pelo mundo no mesmo período. Cleópatra, por outro lado, é um dos nomes mais conhecidos daquele tempo, mas reduzida a apenas uma mulher sedutora.
Entretanto, Cleópatra VII foi uma figura política extremamente dinâmica, sendo a última governanta ativa e legítima do Reino Ptolemaico (305 a.C.-30 a.C.) que predominava na região. Para enfatizar a importância dessa figura para o Egito e para a história, nós separamos uma lista com seis curiosidades sobre a última faraó. Olha só!
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(Fonte: Wikimedia Commons)
O nome "Cleópatra" — que significa "glória do pai" — era bastante popular entre mulheres da realeza durante a dinastia Ptolemaica no Egito Antigo. Ao todo, existiram sete princesas com esse nome que eventualmente se sentaram no trono dessa nação. A última, entretanto, foi a mais célebre: a Cleópatra VII.
Além de sua importância política para aquela época, ela ainda acabou se envolvendo em romances com Júlio César e Marco Antônio.
(Fonte: Internet/Reprodução)
O Reino Ptolemaico, em que Cleópatra nasceu, foi forjado com base no casamento entre irmãos. Isso foi estabelecido por Ptolomeu II e sua irmã Arsínoe II, que reinaram juntos entre 301 a.C. e 280 a.C. Quando Cleópatra VII assumiu o reinado, no entanto, isso já era algo completamente comum para governantes ptolemaicos.
Por esse motivo, Cleópatra se casou com seu irmão Ptolomeu XIII. Na época, ela tinha 18 anos de idade, e ele apenas 12.
(Fonte: 20th Century Fox/Reprodução)
No filme Cleópatra (1963) vemos que a jovem rainha do Egito tinha uma serva chinesa chamada Lotus. Embora esse seja um elemento inventado pela indústria cinematográfica, assim como outros tantos aspectos, é possível que alguém vindo da China tenha feito parte da diversa corte de Cleópatra VIII.
O comércio marítimo ptolemaico com a Ásia era bastante forte, e o governo sempre se gabava das várias pessoas representadas na corte real e na diversidade das nações que lhes prestavam homenagens.
(Fonte: Wikimedia Commons)
É mais comum vermos Cleópatra sendo retratada como uma grande sedutora nos filmes e nas obras contemporâneas. No entanto, tudo indica que ela tinha um passado bastante intelectual. Historiadores modernos dizem que existem evidências de que ela era uma grande poeta e filósofa. Além disso, ela era uma verdadeira amante da Matemática e era fluente em diversas línguas. Por fim, ela foi a única líder do Reino Ptolemaico que sabia falar egípcio fluentemente.
(Fonte: Internet/Reprodução)
Apesar de ter-se casado com seu próprio irmão, Cleópatra VII mantinha uma relação política e amorosa com Júlio César, líder militar e político romano, mas isso não era um grande problema! Como a poligamia era permitida no Egito Antigo, não existiram grandes empecilhos para esse amor — ou nem tão amor assim.
No fim das contas, César precisava tirar proveito do dinheiro de Cleópatra, e ela precisava do exército dele para tomar o poder do Egito das mãos de Ptolomeu XIII, ou seja, a aliança beneficiava ambos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Segundo historiadores, o mito de que Cleópatra era uma rainha extremamente sedutora e atraente foi criado pelo imperador romano Augusto para tentar explicar como uma rainha estrangeira havia seduzido dois dos homens mais influentes de Roma naquela época.
Embora até citassem sua beleza, ela era muito mais conhecida por sua inteligência e charme. Inclusive, os autores romanos daquela época nunca a descreviam como "linda". Por outro lado, ela era sempre citada em textos e livros como "sedenta por poder, promíscua e inimiga de Roma".