Ciência
07/02/2022 às 02:00•5 min de leitura
Os jardins suspensos da Babilônia são considerados uma das sete maravilhas do mundo — muito embora ninguém tenha certeza se eles de fato existiram. O que se imagina é que eles teriam sido construídos na Babilônia, localizada na região onde hoje está o Iraque.
Eles teriam sido uma obra do rei Nabucodonosor, no século VI a.C., sendo uma grande marca de seu reinado, conhecido por sua imponência. Conheça seis curiosidades sobre essa maravilha arquitetônica.
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(Fonte: Paisageiro)
Os jardins eram compostos de seis terraços que foram construídos como andares, dando a ideia de serem elevadiços — daí surge a ideia de serem “suspensos”. Estima-se que cada andar tinha cerca de 120 m², apoiado por grandes colunas.
Cada um desses andares era cheio de árvores frutíferas, bichos exóticos e esculturas de deuses. Por serem próximos ao rio Eufrates, os jardins teriam um sistema de irrigação fluvial, que possibilitavam que sempre estivessem floridos e vistosos.
(Fonte: Varievo)
Por conta dos jardins hospedarem muitos bichos exóticos (como faisões, cervos, pavões, e até leões e javalis), há uma crença de que eles teriam dado origem ao que hoje chamamos de jardins zoológicos, lugares especialmente preparados para a exposição de animais em cativeiro.
(Fonte: Segredos do Mundo)
A mitologia sobre esses belos jardins é de que eles foram feitos pelo rei Nabucodonosor para tentar agradar e consolar sua esposa favorita, Amitis. Isto porque ela teria nascido na Média e sentiria saudade dos campos e das florestas de sua terra natal. Consta-se, inclusive, de que os jardins suspensos tinham acesso direto ao palácio do rei.
As lendas ainda contam que Nabucodonosor e Amitis aproveitavam muito os jardins: eles se encostavam à sombra de um dossel e ficavam saboreando uma bebida parecida com cerveja, feita de trigo e cevada. Alguns cidadãos sortudos, eventualmente, tinham também autorização do rei para aproveitar este pequeno paraíso.
(Fonte: Profissão História)
Uma obra deste tamanho e desta riqueza, obviamente, precisava de muito cuidado para não se degenerar. Acredita-se que havia uma equipe de “especialistas” que era responsável por manter os jardins. Essa equipe era formada por pessoas escravizadas, escolhidas por serem os jardineiros mais experientes das cidades conquistadas na Mesopotâmia. Também havia guardas que protegiam a entrada e a saída dos jardins.
(Fonte: Segredos do Mundo)
Uma das representações mais marcantes dos jardins suspensos da Babilônia mostra uma cascata que caía do alto da construção. O curioso é que o sistema para manutenção desta cascata era interno: a água era levada para cima por baldes presos a uma polia que vinha de uma piscina alimentada pelo rio Eufrates. Os escravizados se revezavam com as manivelas, e eram responsáveis por manter a cascata em “ação”.
(Fonte: Hipercultura)
Em 2013, a pesquisadora Stephanie Dalley, da Universidade de Oxford (Reino Unido), divulgou um estudo propondo uma nova localização dos jardins da Babilônia. Eles teriam existido em uma região chamada de Nínive, localizada no norte do Iraque — ou seja, a 550 km de onde se imaginou por séculos.
Além disso, Dalley propôs outra novidade: a de que os jardins teriam sido construídos não pelo rei Nabucodonosor, mas pelo rei Senaqueribe, que liderava os povos assírios — ou seja, os inimigos dos babilônios.