Ciência
10/02/2022 às 04:00•3 min de leitura
A Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, celebrou seus 70 anos de reinado tornando-se a segunda monarca mais longeva da história. Mas você conhece a história de sua homônima, a Rainha Elizabeth I, que reinou no país por mais de 40 anos?
Elizabeth I foi uma das figuras mais marcantes da monarquia inglesa, e seu reinado ocorreu há mais de 400 anos, entre 1558 e 1603. Ela teve uma vida bastante fascinante, e sua história gera interesse até hoje. Com ela, encerrou-se o reinado da dinastia Tudor. Conheça seis curiosidades sobre essa lendária rainha.
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(Fonte: Wikipedia)
Até pouco tempo, a linhagem da família real britânica privilegiava sempre os homens na sucessão ao trono, ou seja, se o primeiro filho do rei fosse uma mulher, seus irmãos mais novos a ultrapassariam na linha de sucessão. Elizabeth tinha uma irmã mais velha e, depois dela, seu pai teve Eduardo VI, seu meio-irmão, o que diminuía as suas chances de chegar ao posto de rainha.
Porém, essa não é a única razão da improbabilidade de que ela conquistasse a coroa. Isso porque o pai de Elizabeth I, o rei Henrique VIII, mandou matar a mãe dela, Ana Bolena, sua segunda esposa, quando Elizabeth tinha apenas 2 anos. A execução tornou a menina uma herdeira ilegítima do rei.
Contudo, Eduardo VI morreu tragicamente aos 14 anos — quando era rei da Inglaterra há 6 anos. Dessa forma, o reinado sobrou para as 2 filhas mais novas de Henrique VIII. Maria assumiu, mas morreu 11 dias após ter sido declarada rainha, e a coroa foi parar, literalmente, na cabeça de Elizabeth I.
(Fonte: Sky History)
Elizabeth I nunca se casou nem teve filhos. Acredita-se que isso tenha ocorrido por razões políticas: a soberana temia que, caso se casasse, seria ameaçada por seu marido.
Há também a hipótese de que, embora tenha sido muito cortejada, ela acreditava que os pretendentes tinham interesse somente na sucessão ao trono. No entanto, os historiadores já documentaram que ela teria tido vários amantes, o que torna o seu apelido um tanto irônico.
(Fonte: Toda Matéria)
A rainha teve uma formação rica e era muito talentosa para a música, caligrafia e no estudo de línguas — aos 11 anos, ela já falava 5 idiomas diferentes. Com o tempo, além do inglês, ela aprendeu a falar alemão, francês, italiano, grego, espanhol, latim e flamengo.
Acredita-se que essa expertise de Elizabeth I tenha ajudado-a manter relações amigáveis com outras nações europeias, o que trouxe vários benefícios para o seu reinado.
(Fonte: Yesterday)
Como já dissemos, Elizabeth I nunca se casou, mas é sabido que ela teve relações muito próximas com alguns homens. Um deles foi Robert Dudley, um cortesão bastante ambicioso que a conhecia desde criança e passava muito tempo com ela — inclusive, há rumores de que ele teria tirado a virgindade da rainha.
No entanto, Robert era casado. Por isso, Elizabeth I se tornou suspeita quando a esposa de Robert Dudley morreu repentinamente. Caso tenha realmente sido por conta de um plano da rainha, ele não deu certo: Robert acabou se casando com outra.
(Fonte: Daily Mail)
Por muito tempo, durante a era elisabetana, a comida foi um grande símbolo da riqueza e do poder. Enquanto os mais pobres comiam alimentos mais naturais (carnes, vegetais, pão e frutas), a monarquia se deleitava com guloseimas feitas com açúcar, o que era caríssimo. Inclusive, acredita-se que Elizabeth I usava açúcar e mel para escovar seus dentes, já que se acreditava que esse alimento tinha propriedades medicinais.
A consequência previsível disso é que Elizabeth I tinha dentes amarelos e podres. E pasme: essa característica dela era encarada como um sinal de sua riqueza, tanto que outras aristocratas escureciam os dentes para ficarem parecidas com ela.
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(Fonte: BBC)
Não se sabe ao certo do que Elizabeth I morreu. Há inúmeras teorias que falam de câncer, pneumonia, envenenamento e até de uma hipótese de que seu anel de rainha a teria matado.
Há indícios também de que Elizabeth sofria de depressão, agravada depois da morte de muitos de seus parentes e amigos. Outro fator que pode ter colaborado para a sua morte, aos 69 anos, foi sua teimosia. Mesmo aparentando estar muito doente, ela se recusava a descansar, a ser examinada e costumava ficar horas a fio em pé.